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Governo Temer determina que FAB disponibilize avião para transporte de órgãos

c99-300x120Brasília (DF) – Após vir à tona, em reportagem do jornal O Globo (6), a informação de que, em um período de três anos, entre 2013 e 2015, ao longo do governo de Dilma Rousseff, a Força Aérea Brasileira (FAB) deixou de transportar 153 órgãos e tecidos aptos para transplantes, enquanto que jamais recusou o transporte de autoridades políticas, o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) assinou, nesta segunda-feira (6), um decreto que obriga a FAB a sempre manter um avião em solo para o transporte dos órgãos.

Segundo matéria desta terça-feira (7) do jornal Correio Braziliense, a decisão foi tomada em concordância com a Aeronáutica, e deverá ser publicada ainda hoje no Diário Oficial. Dados obtidos pelo O Globo via Lei de Acesso à Informação mostraram que a FAB deixou de fornecer aviões para o transporte de 153 órgãos, contando corações, fígados, pulmões, pâncreas, rins e ossos. Os órgãos saudáveis acabaram se perdendo pela falta de alternativas de transporte.

Nos mesmos dias em que recusou os pedidos, a FAB atendeu a 716 requisições de transporte de presidentes da Câmara, do Senado, do Supremo Tribunal Federal e de ministros do Executivo. A média é de cinco autoridades transportadas para cada órgão que foi desperdiçado. Enquanto nenhum pedido de político foi recusado, as negativas de transporte de órgãos aumentaram de 52,7% para 77,5% entre 2013 e 2015. Foram 153 negativas, para somente 68 órgãos transportados.

Para o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE), a prioridade dada às autoridades e as vidas perdidas por conta da falta de alternativas de transporte para os órgãos mostram que a defesa do povo não passava de discurso para o governo do PT.

“Infelizmente, é questão de priorização. Você vê que o governo do PT sempre dizia defender o povo, dizia que as ações em prol da população vinham em primeiro lugar. Só que a gente observa, constata, que efetivamente isso não passava de discurso. A prática é totalmente outra. Assumiu-se o risco de algum desses pacientes ir à óbito, em virtude de ter tido um órgão disponível para transplante, e esse órgão não chegou ao estado, não chegou à unidade hospitalar para fazer o procedimento”, afirmou.

O tucano, que também é médico, elogiou a “sensibilidade” e o “aspecto humanitário” do decreto assinado por Temer, que “tem a consciência de que, com certeza, irá salvar muitos brasileiros e brasileiras”.

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