A campanha publicitária, “Mulher, tome partido! Filie-se”, encampada pelo bloco feminino no Congresso Nacional, que visa garantir uma participação mais efetiva da mulher no processo político-partidário foi destacada pela presidente do PSDB-Mulher de Sergipe, Grace Vahle Franco.
“A campanha chega numa boa hora, pois para as mulheres a política ainda é algo novo. De certa forma, temem o ‘desconhecido’, além de torná-las um pouco mais resistente em virtude da forma com a política é implementada”, disse Grace Franco. Segundo ela, ainda há uma repulsa por tudo o que está sendo vivenciando no campo político-partidário em todo o país. A campanha foi lançada em virtude da dificuldade de, voluntariamente, elas se integrarem a um projeto político.
Grace entende, no entanto, que o processo de convocação e estímulos à participação feminino no campo de decisões tem que ser constante. “Na verdade, já há um grupo considerável que já participa, com muita força desse processo”, afirmou Franco, acrescentando que o método de persuasão é longo. “Claro que essa participação é algo que vai acontecer naturalmente. É uma tendência e, naturalmente, vamos nos posicionando”.
Para a senadora Maria do Carmo Alves (DEM/SE), ainda há muita carência de mulher participando do partidos, sobretudo, como candidatas. “Esse quadro tem avançado, mas infelizmente, ainda é lento. É preciso um trabalho de conscientização e estímulo para que elas se sintam parte desse processo de mudança”, destacou a parlamentar, observando que a campanha – que será feita de forma intensiva e rápida – será de grande importância para atrair quadros femininos para as agremiações.
A campanha, de acordo com Maria, visa aumentar a participação feminina na política e, consequentemente, aumentar o número de mulheres eleitas já nas eleições do ano que vem. “No primeiro momento, esse será o foco. Mais adiante, a campanha ganha um outro elemento que é a conscientização da participação feminina na política, pela internet e por meio de cartilhas, que já estão sendo elaboradas pela Procuradoria da Mulher do Senado”, disse, destacando que a meta, até outubro de 2014, é no mínimo, ampliar a presença das mulheres nos partidos políticos em até 30%.
Crescimento – Apesar de as mulheres representarem 51,5% da população, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a participação política é baixa. Nas eleições municipais, no entanto, esse número começa a crescer. Entre 2004 e 2012, por exemplo, a porcentagem de candidatas vereadoras subiu de 22% para 32,6%, e a composição feminina nas câmaras de vereadores subiu de 12% para 13%. As candidaturas majoritárias subiram de 9,5% em 2004 para 12,6% em 2012. A eleição de prefeitas quase dobrou: Eram 7,5% em 2004 e agora ocupam 12%.
