O vice-prefeito de Aracaju (SE) José Carlos Machado (PSDB) se reuniu com funcionários sindicalizados da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) para discutir a questão das gratificações que foram cortadas neste mês de dezembro. A reunião terminou de forma positiva. “Eu vou advogar em favor de vocês”, garantiu Machado.
O vice-prefeito conta que foi procurado pelo presidente do Sindicato dos Empregados da Administração Indireta do Município de Aracaju (SEAME), Cláudio Leite, para conversar sobre o assunto. “Não é o vice-prefeito que está recebendo, é o presidente do conselho de administração da Emsurb”, disse Machado.
Cláudio Leite explica que a categoria sofreu um impacto em virtude do decreto do prefeito, que reduziu 50% das horas extras. “Só que isso foi feito de forma muito abrupta, sem comunicação prévia. Quem fez as horas extras, já trabalhadas em novembro, teve um corte muito expressivo no salário de dezembro, que saiu dia 24. Pessoas receberam menos do que o salário mínimo em virtude de um decreto que foi cumprido muito ao pé da letra, de forma dura. Quem trabalhou tem direito a receber”, reclamou.
Adriano Araújo, gari e motorista da Emsurb há 21 anos, contou que recebeu muito menos que seu salário normal. “Estamos apelando que o prefeito, através do vice, possa intervir para que a demanda do sindicato seja atendida, a demanda de todos os funcionários, não só dos motoristas, também dos garis que é uma função muito importante”, explicou. “Eu apelo para que o prefeito se sensibilize, porque são pais de família, trabalhadores que ajudam a administrar essa cidade”, disse.
José Carlos Machado se mostrou bastante aberto às reivindicações e se comprometeu a resolver a situação da melhor maneira possível. “Os funcionários se consideram prejudicados, é uma pauta extensa, teve corte no adicional noturno, na insalubridade, eles reclamam de um acordo coletivo que ainda não se concretizou e eu vou tentar intermediar esse entendimento, como membro do conselho”, falou.
Além disso, Machado prometeu garantir que os direitos dos funcionários fossem assegurados. “Se um funcionário trabalhou, ele tem que receber. Se trabalhou 60 horas extras, tem que receber 60, se trabalhou 10 tem que receber 10. Se ele trabalha num ambiente insalubre tem que receber insalubridade. Já o que envolve acordo coletivo tem que ser discutido, vamos ver se agora, depois dessa conversa, nós caminhamos para um entendimento”, declarou.
O vice-prefeito explicou que o mais importante é a justiça. “A orientação é ser justo. Se o funcionário tem direito a receber, ele vai receber. O que é de direito não se discute. Direito é uma coisa sagrada. Vou agora falar com Júlio Flores, presidente da Emsurb, para ver o que a gente pode fazer”, finalizou.