O ninho tucano em Sergipe tem um novo líder. Desde o dia 6 de agosto que Pedrinho Barreto foi escolhido para a Presidência Estadual do PSDB. Ele foi indicado pelos irmãos Amorim para suceder Roberto Góes no comando da sigla.
Mas, apesar de assumir o partido sob a chancela dos Amorim, Pedrinho assegura que não irá para o tucanato para ser manobrado politicamente. O novo presidente assegura que atuará de maneira independente. Visa somar, mas não espera imposições da liderança do grupo.
“Conversei com Eduardo Amorim quando nós sentamos para definir e ele me disse que não haverá imposição. Não vim para ser fantoche em hipótese alguma. Não abro mão dos meus princípios: se não me respeitar, eu saio. A minha palavra não é a última. Mas, eu tenho que ser ouvido”, assegura.
SEM RUSGAS
Pedrinho teve uma longa passagem de 18 anos pelo partido, antes de se desfiliar em 2010. Agora, ele retorna à agremiação política de uma maneira um tanto quanto turbulenta – a troca, nos bastidores, causou incômodo à algumas lideranças tucanas. Porém, o novo presidente assegura que não ficaram rusgas.
“Me relaciono bem com eles pois são meus amigos. Questões de espaço todo mundo tem. E eu não briguei para ter o partido – fui convidado. Existe uma diferença muito grande. Eu não peitei ninguém e não usei de artifícios. Se eu fui convidado, para mim é uma honra”, assegura.
O novo presidente assegura que a boa relação permanece até mesmo com seu antecessor. “Tenho por Roberto Goes uma consideração familiar”, comenta Pedrinho.
Com a mudança, chegou-se a ventilar a possibilidade de José Carlos Machado, vice-prefeito de Aracaju e secretário do PSDB, deixar o partido. Porém, a celeuma foi contornada por intermédio de João Fontes, novo vice-presidente do partido.
2016 SÓ EM 2016
Pedrinho se mostra contente com o desfecho. “Tenho por Machado um carinho especial. Ele é um amigo de muitos anos. Inclusive, já fui até seu eleitor”, assegura. Sobre os cenários para a próxima eleição, o novo presidente diz que ainda não é o momento de planejar. O foco, agora, é organizar e fortalecer a agremiação.
“Meu primeiro ato, será ver a parte administrativa. Essa será a primeira questão. A segunda são os diretórios, pois não temos tempo a perder. O prazo é muito curto”, alega. “Não podemos antecipar os fatos. 2016 será conversado em 2016”, completa.
Contudo, o novo presidente deixa escapar que, de sua parte, não há nomes vetados: o PSDB pode sair com candidatura própria rumo à Prefeitura de Aracaju ou mesmo apoiar qualquer nome – qualquer nome mesmo.
“Acho que ninguém deve ser vetado, todos os nomes devem ser apreciados. A questão de vice ou de composição, seja com João Alves, Valadares Filho, Edvaldo Nogueira ou de qualquer outro candidato, ou até candidato próprio, só vamos olhar mais para frente. No momento certo, discutiremos”, promete.
CARA NOVA
Com 47 anos, Pedrinho quer dar uma cara nova ao PSDB. Sem desmerecer os antigos quadros, ele acha importante que o fortalecimento da sigla tucana em Sergipe tenha como meta a inclusão de jovens e formadores de opinião.
“Precisamos de renovação na política. Estou com um grupo onde, em breve, faremos uma filiação em bloco. Um grupo de jovens, formadores de opinião, que querem entrar na política. Tem um grupo de médicos, que são formadores de opinião. É essa turma que queremos trazer”, objetiva. Agora é aguardar para ver os próximos passos que o PSDB dará a partir daqui.