Davos (Suíça) – Após defender a importância da inovação para o desenvolvimento, o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, participou de um workshop no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, sobre as empresas brasileiras com atuação internacional. A importância da internacionalização das empresas brasileiras e as formas de intensificar ainda mais esse processo dominaram as discussões, que também contaram com intervenções do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, e da secretária de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Dorothéa Werneck.
Anastasia reiterou a importância do ambiente de negócios para que as empresas brasileiras se desenvolvam no Brasil e, fortalecidas, tenham melhores condições de buscar atuação internacional. O presidente da Braskem, Carlos Fadigas, e o presidente da Embraer, Frederico Curado, falaram sobre as estratégias de suas empresas para ampliar a presença no exterior.
Também participaram das reuniões a presidente da Petrobras, Graça Fostes, e o presidente mundial da AB InBev, Carlos Brito, além do ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri.
Anastasia se reuniu com os ministros de Economia dos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O tema da reunião, que foi promovida pela Globonews e teve como coordenador o jornalista Silio Boccanera, era a pergunta se os países do Brics estão hoje em uma situação muito ruim.
Convite
O estado de Minas Gerais foi convidado para participar no Fórum Econômico Latino-Americano, que será promovido em abril, no Panamá, pelo Fórum Econômico Mundial, a organização que patrocina anualmente em Davos o encontro de líderes governamentais e empresariais das principais potências econômicas mundiais.
Anastasia teve reservas com o presidente internacional da PepsiCo Americas Food, Brian Cornell. A Pepsico vem expandindo sua presença em Minas, onde tem unidades em Sete Lagoas e Uberlândia.
Em seu esforço para mostrar o potencial econômico de Minas e atrair novos investimentos para o estado, o governador se reuniu também com o vice-presidente mundial da Nestlé, Chris Johnson. Anastasia estava acompanhado da secretária Dorothea Werneck.
Houve encontros reservados de Anastasia com executivos da Dow Chemical e General Electric (GE). Os dirigentes das duas empresas ressaltaram a importância de Minas Gerais na estratégia global de suas companhias.
Minas Gerais
Minas Gerais é um dos principais mercados da Nestlé no Brasil. Em mais de cinco décadas de atuação no estado, a empresa sempre avalia novas oportunidades de expansão e investimentos, especialmente em Minas, levando em conta sua característica de principal produtor e distribuidor de leite do país, capacitado para atender à demanda da empresa.
A companhia tem cinco unidades, localizadas nos municípios de Ibiá e Ituiutaba, com a produção de leite em pó; Montes Claros, que produz o leite condensado; São Lourenço, voltada para o engarrafamento de água mineral; e Teófilo Otoni, com a fábrica de processamento de leite, o pré-condensado. As cinco unidades são responsáveis pela geração de aproximadamente 1,5 mil empregos diretos e 14 mil indiretos.
A Nestlé iniciou sua produção no Brasil em 1921, com a instalação da fábrica em Araras (SP), com a produção do Leite Moça, primeiro produto a ser fabricado no Brasil. Atualmente, são 30 fábricas pelo país e são comercializados mais de 1.700 itens sob a chancela da Nestlé.
General Eletric
A GE atua no Brasil desde 1919 e fornece produtos, serviços e soluções inovadoras. Em Minas Gerais, a General Eletric está presente em Contagem e em Betim, municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Em Contagem, a empresa mantém uma fábrica de locomotivas e duas unidades de produção de equipamentos médicos. Em Betim, há uma unidade para produção de equipamentos para conversão de energia.
Dow Chemical
A Dow, indústria química, possui em Minas Gerais empresas de ciência e tecnologia para o agronegócio nos municípios de Indianópolis, no Triângulo Mineiro, Paracatu, no Noroeste do Estado, e Janaúba, no Norte de Minas, e uma unidade de beneficiamento de sementes em Capinópolis, no Triângulo Mineiro.
A empresa está implantando, em Santa Vitória, no Triângulo Mineiro, uma usina de cana-de-açúcar para a produção de biopolímeros, materiais fabricados a partir de fontes renováveis, como soja, milho, soro de leite e cana. Esta será a primeira planta da Dow de plástico à base de cana-de-açúcar, com as etapas de produção de etanol, etileno e polietileno ocorrendo de forma integrada e no mesmo local.