Brasília – A retração de 8,6% que a indústria da Bahia registrou no mês de agosto, na comparação com julho, teve como um dos principais motivos o apagão de energia que o Nordeste sofreu no dia 28 de agosto.
O percentual foi levantado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta quarta-feira (9), em reportagem do jornal Folha de S. Paulo.
Segundo o técnico do IBGE Rodrigo Lobo, entrevistado pela Folha, a Bahia sentiu com mais intensidade os impactos do apagão porque a indústria da região é baseada nos setores químico e petroquímico, mais sensíveis a quedas de enegia.
“Não foi o primeiro apagão que houve na gestão da presidente Dilma, nem o segundo, e nem será o último. Há uma grande insegurança no setor. E o grande prejudicado é o investidor, que acaba se retraindo”, lamenta o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA).
Segundo ele, o governo Dilma Rousseff não dispõe de um planejamento sólido para o setor elétrico.
Imbassahy apontou que o aparelhamento do governo federal, com a distribuição de postos de comando de acordo com a filiação partidária, contribui para o cenário: “O Brasil tem ótimos profissionais no setor elétrico, mas foram obrigados a dar lugar a apadrinhados políticos.”
Na avaliação do parlamentar, a Bahia é duplamente prejudicada: “A Bahia sente os efeitos de uma sobreposição de governos do PT, que são ineptos e não têm condição de trabalhar por uma infraestrutura necessária”, conclui.