Durante meses o Paraná denunciou a ação deliberada da então ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, contra os interesses do estado, em especial com relação à concessão de empréstimos que precisam ser avalizados pelo governo federal.
As denúncias foram rebatidas pelos petistas com a fúria dos insanos e a lógica dos dementes. A denúncia que uma ministra do PT do Paraná trabalhava dia e noite contra o seu estado seria, segundo os petistas, uma mentira construída para ocultar o descontrole das finanças estaduais.
Finalmente a verdade começa a prevalecer. Apenas oito dias após a saída de Gleisi do ministério o Paraná conseguiu liberar um empréstimo de R$ 817 milhões.
São recursos do Proinveste – Programa de Apoio ao Investimento de Estados e do Distrito Federal -, um financiamento criado pelo governo federal para combater os efeitos da crise global de 2008 – que vinha sendo bloqueado desde 2012.
O simples fato do Paraná não ter recebido esse empréstimo, aliás, já é uma prova viva da discriminação odiosa a que o estado foi submetido nos últimos três anos por conta dos projetos políticos do PT e das ambições pessoais da hoje senadora Gleisi.
Todos os estados brasileiros já receberam esses recursos. Todos menos o Paraná. É no mínimo estranho que o estado com uma paranaense no comando da Casa Civil – ministério que encaminha os empréstimos ao Senado – tenha sido o único estado brasileiro a não receber esses recursos e que só conseguiu liberar o dinheiro usando a via judicial.
Os recursos liberados do Proinveste têm destino certo no Paraná: R$ 430 milhões serão destinados a obras de infraestrutura (17 obras e 15 projetos), entre eles a construção de 907 Km de estradas; outros R$ 200 milhões irão para a capitalização do BRDE e vai financiar investimentos de prefeituras paranaenses. Finalmente, R$ 186 milhões serão aplicados na segurança pública.
Diz tudo sobre os métodos do PT e da senadora de fazer política o fato que Gleisi se empenhou pessoalmente, durante 2 anos, para impedir que seu estado tivesse acesso a recursos, destinados a melhorias no setor de transporte e infraestrutura, investimentos em prefeituras e segurança pública.
A prova de que a ex-ministra agiu de má fé e instrumentalizou a Secretaria do Tesouro Nacional e a Advocacia Geral da União para agir contra o Paraná está na decisão judicial que deu vitória ao estado. O ministro Marco Aurélio Mello, reconheceu prontamente a competência constitucional do Tribunal de Contas do Estado para aferir as condições financeiras do estado para a concessão de aval da União.
Toda a estrutura do governo federal, sob a batuta de Gleisi Hoffmann, manteve um trabalho incansável para prejudicar os pleitos financeiros do Paraná. A Secretaria do Tesouro Nacional não reconheceu a capacidade do Tribunal de Contas do Estado de produzir um diagnóstico sobre as finanças do estado.
O STN fez gestões contra o Paraná na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e a Advocacia Geral da União mobilizou seus advogados para agir no STF contra os interesses paranaenses.
É incrível que um estado – com três ministros em postos chaves da administração federal – precisou recorrer a Justiça para ter acesso a recursos a que tem direito legítimo e que todos os outros estados, mesmo aqueles que não têm nenhum representante nos ministérios, conseguiram receber sem qualquer tipo de problema.
O Paraná precisa saber a verdade sobre quem é a senadora Gleisi Hoffmann. Uma política que leva a falta de escrúpulos que caracteriza o PT às últimas e mais deploráveis consequências.
É preciso que os paranaenses saibam quem é a pessoa que tenta se tornar governadora. É a mesma que agiu de forma sorrateira e implacável contra os interesses do Paraná. Uma política que causou prejuízos imensos e irreparáveis ao nosso estado. Caiu a máscara de Gleisi Hoffmann, revelou-se toda a sua enorme cara de pau.
*Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB e líder do governo Beto Richa na Assembleia Legislativa do Paraná.