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Com 618 mil funcionários, gastos do governo Dilma devem passar de R$ 100 bilhões em 2015

esplanada1Brasília (DF) – Mesmo com a crise econômica que penaliza a população brasileira, o governo Dilma prefere aumentar impostos e cortar repasses de programas sociais a mexer nos gastos de sua própria e inchada estrutura. Segundo reportagem desta segunda-feira (19/10) do jornal O Globo, com 618 mil funcionários, os gastos do governo devem passar dos R$ 100 bilhões em 2015. O contingente é 26% maior do que na época do governo Lula.

De acordo com a publicação, oficialmente a elite dos cargos comissionados ganha menos que os ministros e a presidente da República, que atualmente recebe R$ 26,7 mil mensais. A realidade é que alguns driblam as barreiras e recebem salários com todas as gratificações possíveis no serviço público, como o adicional de “periculosidade”, mais os benefícios concedidos pelas instituições e empresas públicas que os “emprestaram”.

Além disso, a remuneração paga ao empregado cedido a Brasília também é integralmente reembolsada pelo Tesouro Nacional, via ministério. O Globo usou como exemplo a Eletronorte, empresa do grupo Eletrobrás.

Em junho deste ano, a estatal distribuiu aos 3,4 mil empregados uma fatia do lucro de R$ 2,2 bilhões obtido com o aumento médio de 29% das contas de luz. Um dos funcionários cedidos ao Ministério de Minas e Energia acabou embolsando, no total, R$ 152 mil. Outros levaram até R$ 100 mil, segundo a publicação.

O deputado federal Daniel Coelho (PSDB-PE) lembrou a promessa feita pela presidente Dilma Rousseff de cortar três mil cargos comissionados, que já foi esquecida pelo governo.

“Não durou duas semanas essa promessa de diminuir um pouco o custo com os comissionados. Essas pessoas que estão ocupando esses cargos, boa parte delas não estão lá para servir o Brasil. Estão lá para servir a projetos partidários, e muitas vezes para praticar atos de corrupção”, afirmou.

Cargos de confiança

Segundo a reportagem, o ex-presidente Lula criou 18,3 mil cargos de confiança em oito anos de governo. Já Dilma Rousseff instituiu 16,3 mil postos em apenas quatro anos. Foram criados, em média, oito novos cargos por dia.

O domínio de cargos chave na Esplanada dos Ministérios por conglomerados estatais como Eletrobrás, Petrobras e Banco do Brasil motivou a abertura de uma investigação do Ministério Público Federal. A suspeita é que exista conflito de interesses e de manipulação de informações privilegiadas.

Para Daniel Coelho, o grande problema é que estrutura de governo não é pensada para beneficiar o cidadão, e sim para atender a demandas políticas e partidárias.

“Se você observar a Lava-Jato, desde a época do Mensalão, todos os desvios de dinheiro público foram feitos por indicados dos partidos dentro da estrutura de governo. Então, não é somente o custo da remuneração dos salários desses servidores. Na verdade, é o prejuízo que eles causam ao não estarem aptos a servir o Brasil, estarem lá servindo a projetos políticos, partidários, e muitas vezes realmente para praticar desvios”, considerou.

“O problema é extremamente grave, e não vejo como o Brasil sairá da atual crise se não for tomada uma decisão real de diminuir o custeio e de repensar o Estado brasileiro, porque a população e o contribuinte não aguentam mais pagar a conta desse Estado gigantesco, criado em 13 anos de governo do PT”, completou o deputado.

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