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Discurso de Dilma é peça de ficção

dilma_diplomatas-300x198No dia 1º de janeiro de 2011, Dilma Rousseff fez no Congresso Nacional um longo discurso de posse como presidente eleita. Quem ouviu poderia, ingenuamente, se orgulhar do fato de que o Brasil, a se confirmar tudo o que ela dizia, finalmente se tornaria um nação altamente desenvolvida. Uma potência que liderasse rankings econômicos e sociais. Não foi nada disso o que aconteceu. Ao contrário. Praticamente nada do que a presidente afirmou se confirmou.

Confira abaixo os principais trechos do discurso de Dilma e o confronto com a realidade. E responda: depois disso, por que ela mereceria uma segunda chance?

TRECHO DO DISCURSOO QUE ACONTECEU
“Na política é tarefa indeclinável e urgente uma reforma com mudanças na legislação para fazer avançar nossa jovem democracia, fortalecer o sentido programático dos partidos e aperfeiçoar as instituições, restaurando valores e dando mais transparência ao conjunto da atividade pública.”Dilma declinou da tarefa. Nenhuma reforma foi feita.
“Para dar longevidade ao atual ciclo de crescimento é preciso garantir a estabilidade, especialmente a estabilidade de preços, e seguir eliminando as travas que ainda inibem o dinamismo da nossa economia, facilitando a produção e estimulando a capacidade empreendedora de nosso povo, da grande empresa até os pequenos negócios locais, do agronegócio à agricultura familiar.”A estabilidade de preços se perdeu. As travas que inibem o dinamismo da economia ficaram mais robustas. No ranking mundial de liberdade econômica, que mede o estímulo aos empreendedores, o Brasil perdeu 14 posições e vai se aproximando da classificação de “economia repressiva”. Isso significa que se você quiser abrir seu próprio negócio, haverá um monte de gente tentando dificultar, sobretudo no governo. Estamos em 114º lugar entre 186 países avaliados. Até o Casaquistão e o Azerbaijão estão muito na nossa frente. A corrupção foi o fator que mais prejudicou o Brasil no ranking.
“É, portanto, inadiável a implementação de um conjunto de medidas que modernize o sistema tributário, orientado pelo princípio da simplificação e da racionalidade. O uso intensivo da tecnologia da informação deve estar a serviço de um sistema de progressiva eficiência e elevado respeito ao contribuinte.”Nada disso aconteceu. Em relação à reforma tributária, o que houve foram medidas pontuais com desonerações setoriais e, no caso da desoneração da folha salarial, o governo criou um novo imposto sobre o faturamento (que é um imposto ruim e cumulativo) para compensar parte da desoneração da folha salarial.
“Valorizar nosso parque industrial e ampliar sua força exportadora será meta permanente. (…) Nos setores mais produtivos a internacionalização de nossas empresas já é uma realidade.”Nosso parque industrial continua sofrendo. A participação da indústria no PIB vem caindo desde 2004 e, no governo Dilma, passou de 16,23% para 13%. Além disso, o déficit da indústria manufatureira, em 2013, superou US$ 100 bilhões, um crescimento de quase 50% nos três primeiros anos do governo Dilma. A participação dos manufaturados na nossa pauta de exportação – que de 1981 a 2007 sempre foi acima de 50% das exportações – passou para menos de 40% desde 2010. Em 2013, caiu para 38,7%. Por fim, nossa participação no comércio internacional era de 1,35% das exportações mundiais em 2010 e passou para 1,29%, em 2013. A perda de participação deve ser repetir neste ano de 2104.
“É preciso, antes de tudo, criar condições reais e efetivas capazes de aproveitar e potencializar, ainda mais e melhor, a imensa energia criativa e produtiva do povo brasileiro.”O povo brasileiro tem uma imensa energia criativa, mas não recebeu nenhum incentivo para colocá-la em prática. No último ranking global de Inovação, divulgado em setembro de 2013, perdemos 17 posições em relação a 2011.
“A luta mais obstinada do meu governo será pela erradicação da pobreza extrema e a criação de oportunidades para todos.Uma expressiva mobilidade social ocorreu nos dois mandatos do Presidente Lula. Mas ainda existe pobreza a envergonhar nosso país e a impedir nossa afirmação plena como povo desenvolvido.Não vou descansar enquanto houver brasileiros sem alimentos na mesa, enquanto houver famílias no desalento das ruas, enquanto houver crianças pobres abandonadas à própria sorte.”Dados do IBGE de 2010 mostram que os rendimentos de quase 40% dos brasileiros não chegam a um salário mínimo.O governo paga atualmente com o Bolsa Família R$ 77 por pessoa beneficiada pelo programa, valor abaixo do padrão internacional de extrema pobreza, de R$ 84 por pessoa.A presidente foi totalmente omissa em relação à população de rua. Fez repasses mínimos de recursos para este fim, não aumentou os abrigos, não deu apoio aos que vivem nas cracolândias, nunca houve tantos abandonados nas ruas como em 2014.
“A superação da miséria exige prioridade na sustentação de um longo ciclo de crescimento. É com crescimento que serão gerados os empregos necessários para as atuais e as novas gerações.É com crescimento, associado a fortes programas sociais, que venceremos a desigualdade de renda e do desenvolvimento regional.”Na economia, Dilma perpetrou a terceira pior média de crescimento de toda a história Republicana, à frente apenas de Fernando Collor, que governou entre 1990 e 1992, e Floriano Peixoto, no século 19.A média de crescimento do PIB nos três primeiros anos do governo Dilma foi de 2,1%. No mesmo período, a média do restante da América do Sul foi de 5%.
“Reitero manter a estabilidade econômica como valor. Já faz parte, aliás, da nossa cultura recente a convicção de que a inflação desorganiza a economia e degrada a renda do trabalhador. Não permitiremos, sob nenhuma hipótese, que essa praga volte a corroer nosso tecido econômico e a castigar as famílias mais pobres.”Dilma permitiu a volta da inflação e o castigo que ela acarreta aos mais pobres. Nos três primeiros anos do governo Dilma, a inflação não ficou nenhuma vez no centro da meta, de 4,5% ao ano. Pior: a inflação furou o teto da meta, de 6,5%, em 10 dos 41 meses da gestão dela até o último mês de maio.
“Queridas brasileiras e queridos brasileiros, junto com a erradicação da miséria, será prioridade do meu governo a luta pela qualidade da educação, da saúde e da segurança.”O Brasil piorou nessas três áreas.Na educação, Dilma não entregou as creches que prometeu, não melhorou a qualidade do ensino e, em vez de erradicar o analfabetismo no país, como se prontificara, permitiu que a taxa crescesse: na população com 15 anos ou mais, há quase 300 mil analfabetos a mais.A saúde é hoje a área com maior desaprovação entre todas as políticas públicas governamentais. 

Na segurança, a contribuição de Dilma foi cortar mais da metade dos recursos do Programa Nacional de Segurança Pública com

Cidadania. Nunca o Brasil teve tantos assassinatos como agora.

“Pela primeira vez o Brasil se vê diante da oportunidade real de se tornar, de ser, uma nação desenvolvida. Uma nação com a marca inerente também da cultura e do estilo brasileiros – o amor, a generosidade, a criatividade e a tolerância.”Todo brasileiro sabe o quanto Dilma nos deixou mais distantes de uma nação desenvolvida. A tolerância dos brasileiros está acabando: 70% da população quer mudanças.
“Temos avançado na pesquisa e na tecnologia, mas precisamos avançar muito mais. Meu governo apoiará fortemente o desenvolvimento científico e tecnológico para o domínio do conhecimento e para a inovação como instrumento fundamental de produtividade e competitividade do nosso país.”Perdemos nove posições no ranking de Tecnologia de Informação, aferido pelo Fórum Econômico Mundial. O Brasil está agora no 69º lugar, atrás da Mongólia (61º) e também de um país que pouca gente já ouviu falar, a República das Seicheles (66º). No Índice de Competitividade Mundial, o Brasil caiu 16 posições na era Dilma. Entre 60 países listados, despencamos para a 54ª posição. É a prova de que nossas empresas não têm condições de competir em pé de igualdade com as estrangeiras.
“Considero uma missão sagrada do Brasil a de mostrar ao mundo que é possível um país crescer aceleradamente, sem destruir o meio ambiente.”O Brasil com Dilma não cresceu aceleradamente e não se preocupou com o meio ambiente.
“Somos e seremos os campeões mundiais de energia limpa, um país que sempre saberá crescer de forma saudável e equilibrada.”Na produção de energia, o governo Dilma aumentou a participação térmica (carvão), sujando a matriz energética.
“O etanol e as fontes de energias hídricas terão grande incentivo, assim como as fontes alternativas: a biomassa, a eólica e a solar.”Dilma acabou com o etanol e praticamente anulou o Conselho Nacional de Recursos Hídricos.
“O Brasil continuará também priorizando a preservação das reservas naturais e de suas imensas florestas.”A presidente criou apenas duas Unidades de Conservação no país, que ainda nem sequer foram implantadas. Fernando Henrique criou 81.
“Nossa política externa estará baseada nos valores clássicos da tradição diplomática brasileira: promoção da paz, respeito ao princípio de não intervenção, defesa dos Direitos Humanos e fortalecimento do multilateralismo.”Em poucas áreas o Brasil colecionou tantas trapalhadas quanto na política externa.
“Serei rígida na defesa do interesse público. Não haverá compromisso com o desvio e o malfeito. A corrupção será combatida permanentemente, e os órgãos de controle e investigação terão todo o meu respaldo para aturem com firmeza e autonomia.”Caímos da 69ª posição para a 72ª no ranking da Transparência Internacional que mede como cada população avalia o nível de corrupção do país em que vive. A corrupção é uma chaga que não afeta só a política. Afeta a economia, afeta a vida de todo mundo.
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