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Empresários e economistas criticam decisão de Dilma de rever o PIB de 2012

PIB-Brasileiro-tem-o-pior-crescimento-Foto-Divulgacao--300x187Brasília – Empresários e economistas, reunidos em um seminário nesta segunda-feira (2), no Rio de Janeiro, criticaram a decisão do governo federal de revisão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2012.

Adotando um discurso crítico, o ex-presidente da Vale e ex-executivo do Bradesco, Roger Agnelli, censurou a incerteza macroeconômica ao dizer que hoje não é possível sequer saber qual foi o PIB de 2012 para montar um orçamento.

“Não sabemos se a meta da inflação é 4,5% ou 6,5%, se vai ter privatização em 2014 ou se as que fizeram [aeroportos, rodovias] foram só para reduzir o déficit do ano, ou se as regras vão ser alteradas como foram em 2013 para energia, petróleo. Isso freia os investimentos, porque o empresário vai esperar para ver o que vai acontecer”, avaliou em reportagem da Folha de S. Paulo publicada nesta terça-feira (3).

“No Brasil, até o passado é incerto”, reagiu com ironia que o deputado federal Alfredo Kaefer (PSDB-PR) sobre a decisão da presidente Dilma Rousseff de rever o PIB de 2012 de 0,9% para 1,5%.

“De repente se tira a certeza de algo e, num passe de mágica, se muda o passado”, lamenta.

Para Kaefer, titular da comissão de Finanças e Tributação da Câmara, a presidente Dilma erra e põe em cheque a credibilidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ao anunciar a medida sem um posicionamento oficial do órgão.

“Salvar um PIB paupérrimo de 0,9 para um pobre de 1,5 não muda muita coisa. O pior é que vamos ter a repetição disso no PIB do trimestre. É um país parado, e os empresários acabam vendo isso com total desconfiança”, considerou.

Incerteza econômica – O ex-presidente do Banco Central, Carlos Langoni, salienta que as incertezas financeiras impossibilitam os empresários de saberem qual é a atual meta da política econômica do país.

“[Antes] o foco era a meta de inflação, havia responsabilidade fiscal. Hoje não se sabe a meta que está sendo perseguida. A economia brasileira está decepcionante”, declarou à Folha.

Já o parlamentar tucano alerta que o PIB não pode ser ampliado por discurso, por “atitudes do passado tomadas de forma equivocada”.

“O capital só ancora em porto seguro, e começamos a demonstrar que não somos o porto mais seguro da economia mundial. Temos um ciclo vicioso de investimentos baixos, um governo que não gasta o que pode e fica a mercê do Banco Central para controlar a inflação”.

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