
Um passo a ser dado com muito planejamento pelos empresários, o início das vendas para comércios internacionais exige conhecimento de mercado, de movimentação do câmbio e uma boa parcela de insistência para cumprir todas as etapas que são necessárias para que um produto brasileiro chegue ao consumidor estrangeiro. No Tocantins, o empreendedor que deseja ingressar no mercado internacional conta com o apoio do governo do Estado que, com capacitações e palestras voltadas para facilitar o acesso a toda a documentação exigida pelas entidades relacionadas para a venda de produtos para fora do Brasil, recebe orientações e apoio.
De acordo com a técnica da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), especialista em comércio exterior, Milena Fernandes, um dos principais entraves para a inserção de micro e pequenos empreendedores no mercado internacional é a falta de planejamento. “Aqui vai a questão de mercado, vai a questão de empregos, de lucro, de escala de produção, de se saber as demandas do mercado interno e do mercado externo, de levantamento da documentação. Entra também a questão das capacitações e da ajuda junto aos parceiros, como Sebrae, Fieto, Sedecti, MDIC”, explicou.
A partir de um bom planejamento, o exportador terá como avaliar todas as questões inerentes à venda e à lucratividade de sua mercadoria, incluindo a previsão cambial, o que impacta diretamente no resultado final da venda e na lucratividade. “É importante sempre levar em consideração a variação que o câmbio pode ter. Se você faz um planejamento para entregar a mercadoria em quatro meses, acrescente mais dois”, frisou a especialista.
Outro ponto importante é avaliar as demandas do mercado importador e quais as barreiras técnicas que cada país ou bloco econômico a ser atendido oferece a um determinado tipo de mercadoria. Este processo, segundo Milena Fernandes, é feito através do site do Instituto Brasileiro de Metrologia (www.inmetro.gov.br/barreirastecnicas/).
O processo de liberação para a venda de mercadorias ao exterior é longo, mas no Tocantins, a partir do início das atividades da central aduaneira no Terminal de Cargas do aeroporto Brigadeiro Lysias Rodrigues, uma parte do trabalho será facilitado. Atualmente, quem precisa da documentação emitida pela área aduaneira precisa encaminhar a solicitação para Brasília. “Vai beneficiar (implantação do terminal de cargas) a todo e qualquer exportador”, frisou.
Ciclo de palestras e Femep
Como forma de capacitar empreendedores tocantinenses, a Sedecti vem oferecendo uma série de palestras e capacitações sobre comércio exterior e os passos que devem ser seguidos para o estabelecimento de relações comerciais com parceiros internacionais. No ano passado, foram realizadas uma série de capacitações, principalmente em feiras de negócios, voltadas para este público. Para 2014, segundo a Secretaria, o cronograma está sendo fechado e, assim que concluído, deverá ser divulgado. “Neste ano vamos priorizar as feiras de negócios. Mas a associação, prefeitura, grupo de empresários que estiverem interessados em receber uma das capacitações, deve procurar nos procurar na Secretaria e agendar”, explicou Milena.
Além disso, a implantação da câmara técnica de comércio exterior no Fórum Estadual das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Tocantins (Femep), possibilita a discussão de ações específicas voltadas para o setor. “Dentro do Fórum nós podemos estabelecer políticas para fortalecer a iniciativa exportadora nas micro e pequenas empresas”, pontuou.
Fonte: ATN