Brasília – Os já insuficientes investimentos do país em educação correm o risco de ficar mais escassos, no que depender do governo federal. Isso porque a equipe econômica da gestão Dilma cogita a possibilidade de reduzir os recursos do setor como forma de tentar equilibrar as contas públicas e recuperar a credibilidade fiscal. Segundo os defensores da tese, é possível desacelerar os investimentos sem que os gastos em educação fiquem abaixo do patamar registrado em 2013.
Entre 2010 e 2013, os custos com educação subiram 68%. Para 2014, o crescimento previsto é de cerca de 9%. A pasta tem o terceiro maior orçamento da Esplanada dos Ministérios. As informações são de reportagem desta quarta-feira (29) do jornal Folha de S. Paulo.
Para o deputado federal Nilson Leitão (PSDB-MT), não existe justificativa para um corte orçamentário em um setor de vital importância.
Desequilíbrio
“Cortar dinheiro da educação é um tapa na cara do brasileiro. É a evidência de um governo desequilibrado, que não tem respeito pelo cidadão, pelos serviços públicos. O Brasil não é um país que exige gastanças, não temos problemas de ordem natural como terremotos, tsunamis”, afirmou Leitão.
Em seguida, o parlamentar acrescentou: “Mas nem para a seca do Nordeste, que afeta a tantos brasileiros todos os anos, o governo encontrou solução. O problema é que a gestão do PT governa pelos benefícios pessoais, pelas benesses do poder”.
Leitão faz um comparativo entre o governo federal e um pai de família que gastou mal o ano inteiro e se esqueceu da saúde e educação de seus filhos.
“No final do ano, o orçamento está comprometido. O governo federal gasta mal, gasta errado. Aplica milhões fora do país, leva calote de outros países, como no caso das ditaduras africanas, faz investimentos milionários em Cuba e, no fim, quer cortar recursos da educação. Isso é inaceitável, e a oposição vai se levantar sobre isso. Que cortem as diárias da presidente e os gastos abusivos em viagens e restaurantes”, ressaltou.