Recém-eleito líder do PSDB na Câmara em 2014, o deputado federal Antonio Imbassahy (BA) destacou a importância da aprovação do Orçamento Impositivo e do voto aberto em decisões sobre cassação de parlamentares e análise de vetos presidenciais.
Ao programa Band Entrevista, o tucano ainda condenou a antecipação da campanha eleitoral e a política de coalizão do governo federal, que tem adotado como regra o modelo do toma-lá-dá-cá. Na entrevista, Imbassahy criticou o inchaço da máquina pública federal, atualmente com 39 ministérios e o Banco Central. “A presidente Dilma manobra o governo para ter tempo de televisão, enquanto deveria manobrá-lo para melhorar a qualidade da administração pública.” Confira abaixo o posicionamento de Imbassahy sobre temas discutidos em 2013 no Congresso Nacional e a perspectiva para este ano:
Voto aberto: foi uma importante vitória, embora, no Congresso, não tivéssemos conseguido aprovar o voto aberto para todas as modalidades de votação. O voto aberto, conforme a Proposta de Emenda à Constituição aprovada, ficou apenas para casos de cassação de mandato parlamentar e vetos da Presidência da República.
Liberdade de imprensa: além da vitória do voto aberto, destacamos no ano passado a nossa resistência contra tentativas de segmentos radicais do PT que querem o controle da mídia. Isso é um absurdo. É quase como se fosse uma censura prévia, como acontece em outros países da América Latina. O Congresso Nacional tem que resistir a esses movimentos do PT.
Política do toma-lá-dá-cá: quando o governo libera as emendas dos parlamentares, ele aproveita para constranger, para fazer negociação. Faz de uma maneira desabrida, aberta. O Poder Executivo libera recursos para deputados da base, mas segura os recursos dos parlamentares de oposição. Funciona como se a gente tivesse uma representação de valor menor do que o deputado que está apoiando o governo. Não é compatível com a democracia.
Orçamento Impositivo: a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição que obriga o governo federal a liberar as emendas empenhadas pelos parlamentares vai corrigir essa deficiência, a política da negociação. O deputado, da base ou da oposição, terá o mesmo tratamento na liberação de recursos que ele destina para o seu município, para o seu estado.
Programa de governo: os pontos lançados por Aécio Neves são contribuições que recolhemos de todo o país. O senador viajou o Brasil acompanhado de muitas lideranças do partido, políticas e empresariais. Isso é apartidário. Estamos colocando uma proposta para iniciar um debate para elaboração de um programa de governo. Isso porque queremos a mudança de verdade do Brasil.
Máquina pública inchada: a presidente Dilma deveria se preocupar em reduzir o número de ministérios, em 39. É impossível governar com essa quantidade de subordinados. O PT criou 13 empresas estatais. É um desperdício, uma coisa perdulária. Infelizmente, não tenho expectativa de que ela diminua esse número. Pelo contrário, vai fazer é essa composição da política tradicional para ter tempo de televisão. A presidente manobra o governo para ter tempo de televisão, enquanto deveria manobrá-lo para melhorar a qualidade da administração pública.
Do Portal do PSDB na Câmara