
Após a realização de cinco conferências locais e uma distrital, representantes das sete etnias do Estado, gestores, usuários e trabalhadores em saúde indígena e SUS do Tocantins deverão apresentar em Brasília, de segunda-feira, 2, ao dia 6, sexta-feira, suas demandas na área, durante a 5º Conferência Nacional de Saúde Indígena, marcada para o Centro Internacional de Convenções do Brasil.
Na oportunidade, o Tocantins – com 20 pessoas e profissionais na condição de delegados da área – estará apresentando proposta como melhoria na articulação e acesso à saúde preventiva, medicamentos, atendimentos, infraestrutura, como construção de postos de saúde, saneamento básico, entre outras reivindicações.
De acordo com a coordenadora estadual do Distrito Sanitário Especial Indígena do Tocantins, Ivaneizília Ferreira Noleto, “é necessária uma maior articulação para que algumas questões prioritárias em relação à política do subsistema indígena, a exemplo do atendimento com medicamento nas reservas indígenas sejam melhoradas”, diz, reconhecendo, todavia, que houve avanços na área implementados pelo Ministério da Saúde.
A coordenadora compreende que é preciso haver “uma melhor articulação e entendimento também entre as partes ligadas à luta pela causa indígena, inclusive com os municípios e os gestores, visto que os povos indígenas estão nos municípios”, acreditando que a Conferência Nacional será um momento importante para se delimitar novos avanços.
Para o presidente do Conselho do Distrito de Saúde Indígena (Condisi), Cleiton Javaé, são perceptíveis os avanços, não deixando de frisar que “ainda há outros gargalos, dentre os quais a construção, adequação e manutenção de postos de saúde, que no dia a dia têm dificultado a vida das comunidades indígenas”. Ele menciona também a necessidade de regularização no atendimento e distribuição dos medicamentos nas unidades de saúdes indígenas.
Conforme destaca, vários produtos se fazem necessários ser incluídos na Relação Nacional de Medicamentos (Rename) do Ministério da Saúde, que tem dificultado tanto na prescrição como no tratamento das pessoas nas aldeias. Com a 5ª CNSI. “A expectativa nossa é de que estes e outros itens se tornem políticas públicas para o nosso estado”, estima o dirigente javaé.
Além da nação Javaé, o Tocantins marcará presença na 5º CNSI com as demais nações: Apinajés, Krahô, Krahô Canela, Xerente, Karajá Santana e Karajá Xambioá. Cerca de 2 mil indígenas, gestores, usuários e trabalhadores em saúde indígenas e SUS devem participar da conferência no DF.