PSDB – TO

Linha do Tempo – Plano Real

Moedas-Foto-Divulgacao--300x181– Dezembro de 1980: a inflação no Brasil foi de 100% ao ano. 

– Dezembro de 1983: a inflação atinge os 230% ao ano.

– Fevereiro de 1986: o presidente José Sarney lança o Plano Cruzado, o primeiro de uma série de pacotes elaborados pelos governos na tentativa de conter a hiperinflação. A iniciativa dá certo por um curto período de tempo, cria euforia na população, mas ainda em 1986 a inflação volta a corroer a moeda nacional. No fim do ano, a desvalorização da moeda superava os 70%.

– Novembro de 1986: Sarney lança o Plano Cruzado II que, assim como o antecessor, falha na tentativa de estabilizar a economia.

– 1987 a 1989: os planos Verão e Bresser são outras iniciativas do governo Sarney para frear os prejuízos econômicos. Fracassam, tal qual as anteriores.

– Dezembro de 1988: a inflação chega a 980% ao ano.

– Dezembro de 1989: o preço do alho tem valorização de 3.471% ao longo do ano.

– Março de 1990: a inflação oscila entre 3% e 4% ao dia. O recém-empossado presidente Fernando Collor executa o Plano Collor, que muda o nome da moeda, confisca recursos dos brasileiros depositados em poupança para tentar impedir a desvalorização do dinheiro. A inflação chega a índices baixos por um curto período de tempo, mas retorna a patamares elevados pouco depois.

– Setembro de 1992: o Congresso dá início ao processo de impeachment de Fernando Collor, que deixa a Presidência da República. O cargo passa a ser ocupado por Itamar Franco, apoiado pelo PSDB.

– Dezembro de 1992: a inflação anual supera os 1000%. O Brasil é um dos únicos países a alcançar a marca, ao lado de Ucrânia, Rússia e Zaire.

– 19 de maio de 1993: Fernando Henrique Cardoso assume o Ministério da Fazenda.

– Junho de 1993: o ministro FHC e o presidente Itamar Franco lançam o Programa de Ação Imediata (PAI). A iniciativa traz os primeiros passos para a estabilização da economia, com um projeto para a redução dos gastos públicos e a cobrança mais efetiva de impostos, entre outras iniciativas.

– Julho de 1993: o salário mínimo tem valor de 4.639.800,00 cruzeiros. O alto número representa menos de 65 dólares.

– Agosto de 1993: é lançado o Cruzeiro Real, resultante do “corte de três zeros” do Cruzeiro, a moeda da época.

– 30 de março de 1994: Fernando Henrique Cardoso deixa o Ministério da Fazenda para se candidatar à Presidência da República pelo PSDB. Rubens Ricupero assume em seu lugar.

– 27 de maio de 1994: a Unidade Real de Valor (URV) é apresentada aos brasileiros. É uma medida de referência para a preparação da economia para o Real, a nova moeda. A população aceita a unidade e começa utilizá-la para estabelecer preços.

– Junho de 1994: a inflação entre este mês e junho de 1993 vai a 5000%.

– 1º de julho de 1994: o Real se torna a nova moeda do Brasil.

– Ao longo de 1994: o PT desdenha do Plano Real, tratando-o como uma medida eleitoreira. Aloizio Mercadante, candidato a vice na chapa presidencial encabeçada por Luiz Inácio Lula da Silva, chega a dizer que o Real tem como objetivo “evitar a vitória de Lula” e que “a inflação só será mantida sob controle até a eleição”.

– Outubro de 1994: Fernando Henrique Cardoso é eleito presidente da República em primeiro turno. 

– Dezembro de 1994: a inflação fecha o ano em 50%. Apesar de elevado, o índice é muito inferior ao registrado nos anos anteriores.

– Julho de 1995: ao final do primeiro semestre do governo de Fernando Henrique, e quando o Plano Real completava um ano de vigência, a inflação é de 1,7%.

– 1999: o governo federal adota o que se convencionou chamar de “tripé macroeconômico”: metas para inflação, câmbio flutuante e superávit primário. A medida foi fundamental para que o país superasse os efeitos da crise global, iniciada na Ásia, que afetou a economia naquele ano. O atual ministro da Fazenda Guido Mantega, já à época militante do PT, critica o projeto, chamando as metas de inflação de “toscas” e dizendo que a ideia “não funcionaria”.

– Maio de 2000: é promulgada a Lei de Responsabilidade Fiscal, que cria regras para os gastos dos governos municipais, estaduais e federal. Iniciativa decisiva para a manutenção da estabilidade da economia. O PT, mais uma vez, é contra.

– Junho de 2002: líder nas pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais daquele ano, Lula divulga a “Carta ao Povo Brasileiro”, documento elaborado pelo PT que manifestou o interesse do partido em preservar a estabilidade econômica e respeitar contratos internacionais: em síntese, uma contradição a tudo o que a legenda defendeu em campanhas anteriores.

– 2003: Lula assume a Presidência da República e  mantém uma série de projetos implantados pelo PSDB – entre eles, o tripé macroeconômico e o respeito à Lei de Responsabilidade Fiscal.

– 2008: o mundo vive uma de suas maiores crises econômicas da história. Gigantes do mercado financeiro, como o banco Lehmann Brothers e a seguradora AIG, quebram. O desemprego afeta países em todo o mundo. O Brasil, em parte graças à estabilidade alcançada durante o governo de Fernando Henrique, é um dos menos prejudicados.

– Julho de 2009: quando o Real completa 15 anos, a inflação acumulada desde sua criação é de 196,87%. Como comparação, a inflação nos 15 anos que antecederam o real (entre 1979 e 1994) é de 13,3 trilhões por cento.

– De 2010 a 2012: nos últimos três anos, a inflação do Brasil (pelo índice IPCA) superou a marca dos 4,5% – a meta estabelecida pelo Banco Central. A desvalorização foi de 5,91%, 6,50% e 5,84%, respectivamente para 2010, 2011 e 2012.

– Dezembro de 2011: o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese) detecta o aumento do preço da cesta básica em 15 capitais brasileiras, na comparação com o custo de outubro.

– Março de 2013: O crescimento do PIB, em 2012, foi de 0,9%. O pior registrado desde 2009 e entre os países que compõem o grupo BRICS (Rússia, Índia, China e África do Sul).

– Abril de 2013: a inflação no acumulado de 12 meses chega a 6,59%, a maior alta desde 2011. O preço do tomate se torna um símbolo da desvalorização da moeda – alta de 122,13% em um ano.

– Junho de 2013: a expectativa de crescimento da economia nacional é reduzida pelo Banco Central de 3,1% para 2,7%; a inflação, por sua vez, tem sua previsão elevada também pelo BC para 6%, em contrapartida aos 5,7% estabelecidos anteriormente.

– Julho de 2014: o Plano Real completa 20 anos, em um momento em que o Brasil vive um cenário de pouco crescimento econômico e retração de sua produção industrial.

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