Brasília (DF) – O medo de perder o emprego voltou a assombrar o brasileiro. Em ano de eleições e Copa do Mundo, uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Indústria (CNI) mostrou um aumento no temor do desemprego desde março do ano passado. Ao mesmo tempo, a satisfação com a vida diminui. As informações são da reportagem publicada ontem (7) no jornal O Estado de S. Paulo.
O estudo “Termômetros da Sociedade Brasileira” apontou que o Índice de Medo do Desemprego subiu de 73 pontos para 73,6 no primeiro trimestre de 2014. Em relação a março do ano passado, o medo do desemprego cresceu 6,7%. Segundo o estudo, a maior pontuação – 82 pontos – atinge a população com renda familiar superior a 10 salários mínimos, equivalente a R$ 7.240.
Para o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), a notícia “não é surpresa”. “É um governo que não sabe gerir o Brasil. O fantasma da inflação e do desemprego sempre ronda a economia dos brasileiros”, afirmou o tucano”.
Hauly destacou também que a baixa produção de produtos nacionais e os empregos com salários cada vez menores refletem o resultado da pesquisa. “Nós deixamos de industrializar o que o brasileiro consome. Somos carentes de empregos bons e o governo insiste em se eximir dessa responsabilidade”, reiterou ele.
Insatisfação
Ainda de acordo com a CNI, o Índice de Satisfação com a Vida recuou de 104 pontos, em março, para 102,1 em dezembro de 2013. No mês passado, o indicador caiu mais 1% e fechou em 101,1 pontos, segundo a pesquisa. O menor índice – 98,5 pontos – foi encontrado entre moradores de municípios com até 20 mil habitantes.
Outro indicador importante chamou atenção para a variação do sentimentos em camadas diferentes da população. Nos últimos quatro meses, o índice de medo do desemprego entre moradores da periferia cresceu de 71,5 pontos para 79 pontos. Em março do ano passado, o índice era de 68,6 pontos. Já entre os habitantes das capitais, a variação foi menor – de 74,3 para 76,3 pontos.