Brasília – Em reportagem intitulada “A lei e os fora da lei”, publicada na edição deste final de semana (23) da revista Veja, o ex-ministro da Justiça Miguel Reale Junior, o ex-presidente do STF Carlos Velloso, o advogado Sergei Arbex, o procurador da República Antonio Cabral e o professor da PUC-SP, Guilherme de Souza Nucci, desmentem as alegações dos condenados pelo esquema do mensalão, garantindo que nenhuma das decisões tomadas na última semana pelo ministro Joaquim Barbosa desrespeitou a lei.
É uma resposta à carta escrita pelo ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro Delúbio Soares e o ex-presidente do PT, José Genoino, em que exigiam o respeito à lei e diziam não aceitar “humilhação”, por conta da prisão na Papuda, penitenciária da capital federal.
A reportagem destaca que, além das prisões serem legais, o tratamento que os mensaleiros recebem na cadeia pouco condiz com que acontece aos outros presos. “Quando houve flexibilização das regras, foi justamente para beneficiá-los”, diz.
No texto, a revista classifica ainda o tratamento diferenciado como regalia, usando como exemplo as visitas aos presos. Segundo a reportagem, as regras do sistema penitenciário do Distrito Federal determinam dias e horas específicos para a visitação e impõem um limite de quatro pessoas por preso.
No entanto, deputados e senadores do PT foram em caravana visitar os mensaleiros no Complexo Penitenciário da Papuda.
“Para os demais presidiários, a lei é cumprida com rigor: o horário de visitas é tão controlado que familiares atravessam noites nas filas para pegar as primeiras senhas e passar logo pela triagem”, completa.