Brasília – Com menos de cinco anos de existência, o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, lançado pelo governo Lula em 2009, já consome mais recursos dos cofres públicos do que 30 dos 39 ministérios e secretarias especiais do governo federal.
Os gastos chegaram a R$ 14,2 bilhões em 2013. Só não foram maiores por conta da decisão do governo Dilma de adiar pagamentos a programas sociais na tentativa de garantir o superávit primário do ano. As informações são do jornal Folha de S. Paulo (9).
Para efeitos de comparação, os desembolsos do Minha Casa, Minha Vida não passaram de R$ 1,6 bilhão em 2010, último ano da gestão Lula. Hoje, os valores superam os de ministérios como o da Justiça, Agricultura e Planejamento.
O deputado federal Wandenkolk Gonçalves (PSDB-PA) avalia que a administração petista faz uso do programa habitacional para mascarar sua inaptidão de lidar com a economia do país.
“É uma iniciativa baseada na propaganda oficial, embutida em uma série de gastos de dinheiro público. O governo usou o programa para maquiar gastos com o orçamento no ano passado, deixando os restos a pagar para esse ano. Por mais iniciante que seja, qualquer economista pode enxergar a maquiagem”, disse.
O tucano destacou ainda que o programa deixa a desejar em diversos aspectos, com uma série de casos de unidades entregues com sobrepreço ou problemas estruturais.
E comparou: “Acaba funcionando como uma forma explícita de compra de votos. Sendo que, o que se vê são áreas não urbanizadas, casas feitas por empreiteiras que não têm know how, entregues sem energia elétrica ou água potável. Embute-se um valor superestimado em uma tentativa torpe de enganar a população.”
“A verdade é que o Brasil de Dilma não existe. É virtual e, acima de tudo, eleitoreiro. A realidade é totalmente diferente da campanha promocional do governo, e o povo reconhece a cada dia que o ciclo do PT acabou. Chegou a hora de apostar na mudança, com prioridade e responsabilidade com os gastos públicos”, concluiu.