
Palmas – O PSDB Mulher Tocantins discutiu a “falta de comprometimento” das autoridades governamentais na investigação de casos de violência contra a mulher no Estado. Entre os casos, o assassinato da vendedora Ana Lúcia Feitosa, 23 anos, morta em outubro, com sete facadas, na frente do filho de três anos de idade. O principal suspeito do crime é o marido da vítima, Cleones da Silva, 42 anos.
A lei de número 13.104/15 prevê o feminicídio como um tipo de homicídio qualificado e incluído como crime hediondo, que preveem penas de 12 a 30 anos de prisão. “O caso da Ana Lúcia deve ser investigado como feminicídio”, destacou a presidente do PSDB Mulher no Tocantins, Cinthia Ribeiro.
De acordo com Cinthia, esses e outros fatos levaram o PSDB Mulher do Tocantins à protocolar uma Representação no Ministério Público Estadual (MPE), e buscar outros setores da sociedade e do governo para discutir o assunto. “As vítimas de violência sofrem com a impunidade e a falta de serviços adequados”, frisou.
Mulheres em números
Em pesquisa recente, o Ministério da Justiça apontou que Palmas é a capital com maior taxa de violência doméstica do Brasil e o Tocantins é o segundo dentre os Estados da federação.
É muito fácil fazer um retrospecto de exemplos de homicídios cometidos contra à mulher na Capital. A trabalhadora Maria Irene veio à óbito depois de ser esfaqueada e estuprada, ao voltar do trabalho, às 15 horas, em um ponto de ônibus da Capital.
Adicionando mais um número para a conta das barbáries, o assassinato da professora Heidy Moreira Borges, cujo principal suspeito do crime é o marido Allan Moreira Borges, ainda não foi solucionado. Heidy foi encontrada morta em sua residência na Quadra 1.204 Sul, em Palmas, no dia 6 de dezembro de 2014.
Outro caso recente que chocou o Brasil foi o estupro coletivo de uma menina de 7 anos e abuso de outra de 5 anos, dentro de um ônibus escolar, no município de Formoso do Araguaia. Nesse caso, quatro adolescentes foram autuados, três por abuso sexual e um por gravar o crime com um celular. Uma quinta participante, que seria uma menina de 11 anos, é suspeita de conduzir as vítimas até o fundo do ônibus, onde o ato foi praticado.
“Não são apenas números, são mulheres que sofrem com a omissão dos órgãos competentes nos episódios de violência. Os casos que se tornam notícia sensibilizam a todos, mas o que de fato está sendo feito para a proteção da mulher no nosso Estado? Por que os foragidos não são capturados? Por que ninguém veio à público falar sobre as providências que foram tomadas? O nosso sentimento é de revolta e de desamparo e o O PSDB Mulher buscará providências junto às autoridades competentes para garantir justiça e proteção às mulheres do Tocantins” ressaltou Cinthia.