A abertura dos jogos Mundiais Indígenas deveria ser uma festa para a população de Palmas , mas os moradores da capital de Tocantins acabaram barrados. Por determinação da Casa Civil, foi construído um muro em volta do hotel onde será realizada a reunião do MATOPI (Maranhão, Tocantins, Paraíba e Bahia), parecido com o que foi colocado na Esplanada dos Ministérios durante as comemorações do 7 de setembro.
O novo muro da vergonha, mais uma vez para proteger Dilma de possíveis protestos e vaias da população, deixou a população de Palmas revoltada, já que ela ficou excluída das festividades.
A polêmica acompanha o evento desde o início das obras da Raia Olímpica Taquaruçu-Grande, orçada em R$ 100 milhões, valor este já liberado pelo Ministério dos Esportes. O problema é que a obra não ficou pronta a tempo, sem que se saiba o destino dado à verba.
O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou diversas irregularidades na realização do complexo que inclui a Raia Olímpica, mas nada parece ter inibido a vontade de comemorar das autoridades envolvidas. Só convidados selecionados têm passe livre para shows com artistas populares, em que a população fica de fora.
O acesso à Raia Olímpica foi restrito a cinco mil convidados escolhidos a dedo pelo prefeito de Palmas, Carlos Henrique Amastha (PSB) e a ministra da Agricultura, Kátia Abreu.