Em maio, o presidente do PT, Rui Falcão, classificou como “terrorismo eleitoral” os boatos sobre o fim do Bolsa Família que levaram milhares de brasileiros a agências da Caixa Econômica Federal e casas lotéricas. Integrantes do governo disseram que esses mesmos boatos surgiram na oposição. Ao fim da história, a Polícia Federal concluiu que a corrida aos estabelecimentos financeiros foi espontânea, não havendo como afirmar a autoria do boato.
Vamos deixar bem claro: terrorismo eleitoral quem faz é o PT. A cada eleição o partido usa o Bolsa Família como moeda de troca. Em 2010, o então presidente do PSDB, Sérgio Guerra, chamou de “terrorismo” o texto editado pelo Ministério do Desenvolvimento Social que orientava o recadastramento de beneficiários do Bolsa Família. Na mensagem, o Ministério afirmava que o dirigente que assumisse o comando do programa federal poderia mudar algumas regras. Se, como diz o ditado “um pingo é letra”, o texto foi entendido como uma ameaça a todas as famílias beneficiadas pelo programa.
Na última semana surgiu um alento neste cenário do coronelismo do PT. O senador Aécio Neves apresentou projeto de lei para transformar o Bolsa Família em um programa de Estado. Nesta quarta (6), outro projeto apresentado pelo senador propõe estender, por até seis meses, o pagamento do benefício para aqueles pais de família incluídos no programa que encontrarem emprego de carteira assinada. Finalmente, uma porta de saída.
Em seu último artigo Aécio Neves escreveu: “precisamos ter coragem de avançar. É preciso reconhecer que a pobreza é um conjunto de privações de renda, serviços e oportunidades. E é nessa abordagem multidimensional que precisa ser enfrentada e superada”. É hora de fazer mais, de oferecer serviços de qualidade à população. O Brasil merece mais.
Danilo de Castro é secretário de Estado de Governo de Minas Gerais