A capoeira foi uma das primeiras manifestações de resistência do povo negro no país. Sua história começou no século 16, no Brasil colônia, onde a mão-de-obra escrava africana era muito utilizada. Os africanos perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores brasileiros, pois eram constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores de engenho. Até 1930, a prática da capoeira era proibida no Brasil, pois era vista como algo violento e subversivo.
Como qualquer tipo de luta era proibido, os escravos usaram o ritmo e movimentos de suas danças africanas e adaptaram para um tipo de luta. Servia como alívio do estresse do trabalho, manutenção da saúde física, além de ter como função principal a manutenção da cultura. Sua prática ocorria em terreiros próximos da senzala, muitas vezes em campos com pequenos arbustos, chamados na época de capoeira ou capoeirão. Surgiu assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança, que trás em si, dentro de sua musicalidade, o registro histórico e da cultura negra no Brasil. Foi um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros.
Sendo o capoeirista um dos personagens centrais da divulgação dessa arte, em 1985, foi sancionado pelo então governador do Estado de São Paulo Franco Montoro — um dos fundadores do PSDB — o dia 3 de agosto para homenagem ao capoeirista.
