Ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1993 e ícone mundial pela luta por igualdade racial, Nelson Mandela teve, em 2009, seu aniversário transformado em data comemorativa pela ONU. Este é o primeiro “Dia de Mandela” após o seu falecimento, aos 95 anos, ocorrido em 5 de dezembro de 2013.
Nelson Rolihlahla Mandela é um símbolo da luta contra o Apartheid, regime de segregação racial ocorrido entre 1948 e 1994, que fez com que o direito de milhares de habitantes fossem cerceados por um governo formado por brancos.
Nascido em 18 de julho de 1918, aos 23 anos Mandela foi para Joanesburgo fugindo de um casamento planejado por familiares. Chegando à cidade, estudou Artes na Universidade da África do Sul e fez um curso jurídico em Witwatersrand.
A partir disso, criou o primeiro escritório de advocacia para negros no país. Atuando nesta área, percebeu como a Justiça local era mais favorável aos brancos, notando a imensa diferença entre brancos e negros existente na África do Sul. Mandela foi percebendo que deveria lutar por esta causa e decidiu entrar no Congresso Nacional Africano, um movimento político sul-africano fundado para lutar pela causa negra.
E em 1949 o apartheid foi aprovado oficialmente. Foram tomadas terras de negros, mestiços e indianos e a situação foi piorando. Em 1954, Mandela articulou aliados para tentar unir os não-brancos contra o sistema político que se instaurou, e a briga contra os poderosos fez com que Mandela passasse a ser caçado pelas autoridades do País.
Até que, em 1964, fosse condenado à prisão perpétua. Ficou muito tempo preso, e em 1986 começou a tentar a negociação com o governo para sua saída da prisão e o fim do Apartheid. Mas só em 1990 o ativista enfim conseguiu deixar a prisão.
A partir deste momento, foi questão de tempo para que Mandela assumisse a presidência da África do Sul. Em 1993 ele ganhou o prêmio Nobel da Paz. Em 1994, com 62% dos votos, ganha a eleição, aprovando, como presidente, uma nova Constituição, criando uma comissão para investigar os crimes do Apartheid e adotando um novo hino nacional.
Nelson Mandela recolocou a África do Sul no caminho para a democracia e foi reconhecido internacionalmente pelos seus feitos. Ao todo, foram mais de 250 prêmios pelo seu trabalho.
O líder foi deixar a presidência em 1999, quando já passava por problemas de saúde. Em 2001, foi diagnosticado com câncer de próstata, e lutou por anos contra a doença. Após anos de dedicação à vida política, Mandela faleceu em 5 de dezembro de 2013.
Para o Presidente do Tucanafro Brasil, Juvenal Araújo, o Dia de Mandela é uma data a ser celebrada para o resto da história. “A biografia de Nelson fala por si. Um homem que não se conformou com a injustiça, não se amedrontou com a opressão, sonhou com um futuro melhor para o seu povo e lutou por isso. A sua sensibilidade e perseverança fizeram dele uma das maiores personalidades da história da humanidade,” diz.
Juvenal ainda destaca algumas frases ditas por Mandela. “Ele dizia: “Ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor da pele, origem ou religião dela”, e que “a educação é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo”. Lembraremos para sempre de seus ensinamentos e devemos coloca-los em prática,” conclui.