Em 2014 presenciamos nos jornais, rádios e televisão diversos atos de racismo. Os principais aconteceram em um ambiente que era para ser apenas entretenimento, o futebol. O mais expressivo de todos foi o que envolveu o jogador Tinga, que sofreu racismo em um jogo no Peru, enquanto atuava pelo Cruzeiro numa partida pela Libertadores da América. Urros de macacos eram entoados no estádio toda vez que o jogador tinha contato com a bola, e este comportamento estarreceu os brasileiros.
Com a repercussão intensa do caso, o tema passou a ser muito discutido como há muito não se via no Brasil. Entretanto, o crime racial não se restringiu apenas a estrangeiros. Se houve um momento em que a máscara do racismo – até então velado – caiu, foi neste primeiro semestre.
O árbitro Márcio Chagas, em jogo disputado no Rio Grande do Sul, foi vítima do preconceito, assim como os jogadores Arouca e Aranha, ambos do Santos. Todos eles foram xingados de macacos (em partidas distintas) por boa parte do estádio e são os três exemplos que foram mais repercutidos, não sendo os únicos. Fora dos gramados, tivemos o caso da garota negra que postou a foto com o seu namorado branco e foi hostilizada por um grupo de pessoas na internet.
Para inibir o ato do racismo no Brasil, Aécio reconhece o problema e propõe mudanças de políticas para que tenhamos mais igualdade. O candidato pretende dar efetiva aplicação à Lei 9459/1997 que define os crimes de racismo e preconceito racial como forma de inibir este tipo de situação.
A Lei consta a punição para os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência. Qualquer pratica ou incitação a discriminação, a pena é de reclusão de um a três anos e multa. Mas não é o que vemos hoje no Brasil. Em todos estes casos citados, nenhum cidadão que proferiu as palavras racistas foi condenado de acordo com a Lei.
Em muitos casos, principalmente no futebol, é difícil identificar quem profere os xingamentos em milhares, mas em casos específicos, como o do goleiro Aranha e do casal do rede social, ficaram explícitos os culpados, mas a justiça nada fez.
Como forma de extinguir a prática do racismo no Brasil, Aécio também garantirá a aplicação mais rígida na Lei 10639/2003, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira (incluindo a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional) nas escolas. Mais uma vez, o que está previsto na Lei não é cumprido.
O foco de Aécio está em exterminar o racismo desde cedo, ensinando o papel dos negros na construção da sociedade brasileira, mostrando toda sua luta e suor para os alunos do ensino fundamental. Esta é uma forma de manter a cultura afrodescendente preservada fazendo, assim, que ela seja valorizada.