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Com Governo tucano, Minas Gerais foi o primeiro Estado brasileiro a ter Assessoria direcionada às favelas

18 de agosto de 2014
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periferiasCom o intuito de estreitar a relação entre Governo e comunidade, foi criada em Minas, já há três anos, a Assessoria para Assuntos de Vilas e Favelas, vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese). A iniciativa realiza ações para atender essa população que, muitas vezes, se vê à margem da sociedade por morar em áreas discriminadas, e pela maior parte dessas pessoas serem negras.

Embora os serviços do plano de governo sejam recentes, os beneficiados e organizadores têm colhido bons resultados. Prova disso é que a Assessoria tem despertado interesse de organizações governamentais de outros Estados, que assim como Minas Gerais, pioneira em dar voz às favelas dentro do Governo, pretendem implantar uma entidade como essa nas respectivas regiões.

É importante destacar que inserir o público de vilas e favelas nas discussões políticas não é o único foco do programa, tanto que ações relacionadas à cultura e saúde são as que recebem maior adesão. Com tantas iniciativas, o programa é conhecido como “sacada do Governo”. Dentre elas, pode-se listar a Terça Cultural na Cidade Administrativa, o Fórum de Debates, o projeto “Quero ver meu morro feliz”, a ação contra dengue nas comunidades, o projeto Rede Mineira de Crédito e o casamento comunitário.

Esta última é considerada um dos grandes sucessos da Assessoria, sobretudo, por se tratar de um momento familiar e de confraternização, como relata Públia Poliana Mognato Carvalho dos Santos (29), então moradora da Vila Pinho, que se casou através da ação do programa. “Achei que seria estranho me casar no mesmo dia e local que outras pessoas, mas cada noiva teve o seu momento”, disse.

A jovem falou também sobre a economia financeira que o casamento comunitário proporcionou, além de destacar um dos temas abordados na celebração: sociedade justa e igualdade racial. “Não tenho o que reclamar, pois além de oferecer o casamento e o dia de noiva, tivemos desconto no aluguel da roupa. Para finalizar uma mensagem cheia de esperança para nós sobre os direitos iguais e a luta contra o racismo”, relatou.

De acordo com o coordenador da Assessoria, Cris do Morro, esse tema é um dos pilares do plano de governo, já que o mesmo atende a maior comunidade negra e favelada de Minas Gerais. Porém, ao invés de tratar esse público como renegado, a entidade busca mostrar o valor e a importância dele para o desenvolvimento do país. “Hoje, quem mora em favela não é porque tem necessidade, é uma opção. Eu acho que a população negra tem que tirar esse estigma de que é coitada e sofredora e, quanto a serem úteis, é simples, basta observar nosso setor de prestação de serviços: a maioria é do pessoal da favela”, comentou.

O responsável pelo programa, além de exaltar os valores dos moradores das comunidades, pontuou que o primeiro passo foi dado e agora depende dos próprios envolvidos para mudar essa situação, juntamente com a Assessoria. “Lançamos uma nova fonte de discussão sobre favelas e nesses três anos de trabalho conquistamos muita coisa, mesmo sem divulgação. Esperamos expandir os projetos e fazer a sociedade usufruir disso”, informou.

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