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PSDB – Tucanafro
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Com presença ilustre de Luislinda, Tucanafro homenageia parceiros da luta por igualdade racial

16 de dezembro de 2014
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juvenal 6Nesta segunda-feira (15), o Tucanafro homenageou, na sede do PSDB-MG, em Belo Horizonte, pessoas que em 2014 se engajaram na luta contra o racismo e contribuíram para maior presença do negro na política. Políticos e personalidades parceiras do Secretariado da Militância Negra tucano foram homenageados com a entrega do diploma e medalha de honra ao mérito por atuação pela igualdade racial.

Pouco depois de abrir o evento exaltando a participação expressiva da militância no evento, Juvenal Araújo, Presidente do Tucanafro Brasil, recitou o poema Magia Negra que exalta grandes figuras da música, esporte, artes e ciência que são negros, como Pelé, Castro Alves, Djavan, Machado de Assis, Martin Luther King e outros.

Entre os homenageados pelo Tucanafro, estavam o Presidente da Federação de Religiões de Matriz Africana de Minas Gerais, Willer Xango e Maurício dos Santos, Presidente da Associação Quilombola da Comunidade de Mangueiras, lideranças relevantes do estado que persistem na luta para preservar a cultura afro.

Para Juvenal, com um ano e meio de existência, é possível se orgulhar muito do que foi feito. “Se hoje temos tantas pessoas conosco, nossa perspectiva é que isto aumente ainda mais. Com os prêmios concedidos agradecemos e damos o devido valor a quem se dispôs a lutar conosco. Temos muito a conquistar e vamos trabalhar firme para alcançarmos nossos objetivos”, diz.

Situação da mulher negra no Brasil

Após a premiação, Luislinda Valois fez uma breve palestra para falar sobre a situação da mulher negra no Brasil. Se os negros têm os piores salários, menos oportunidades e são as maiores vítimas da violência, os índices são ainda piores quando se aborda a mulher negra.
Contando um pouco sobre as suas dificuldades no caminho até chegar ao cargo de desembargadora, a líder do Tucanafro na Bahia diz que a mulher negra não pode mais se contentar em não estar no poder.

Luislinda cobrou a presença de mulheres nos cargos de alto escalão tanto no governo, como nas grandes empresas. “Dos 39 ministros, temos apenas uma negra.  Você entra em uma multinacional, não se vê uma negra ocupando cargo de chefia. Então nós temos que mudar, não pode mais ficar assim. Toda vez que eu posso eu digo: se o direito é meu, eu vou. A porta pode estar fechada, mas meto os pés e entro. Por que para nós negros, e principalmente nós mulheres, é tudo mais difícil.”

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