Neste dia 13 de maio, Dia da Abolição da Escravatura, ainda não podemos comemorar, mas usamos o valor simbólico da data para refletirmos sobre a situação atual do negro no País. A situação de desigualdade permanece e, por mais que sejamos esperançosos, nada de realmente concreto é feito para que esta situação mude de verdade.
Conhecendo a história, é mais fácil entender o contexto que nos encontramos. No momento em que colonizavam o Brasil e não conseguiram escravizar os índios, os portugueses foram à África para explorarem os negros, que eram transportados dentro dos porões dos navios negreiros. Devido às péssimas condições deste meio de transporte, muitos deles morriam antes da viagem. Quando chegavam, eram tratados de forma cruel pelos senhores de engenho.
Apesar desta prática ser considerada normal por grande parte das pessoas na época, existiam os que não se contentavam com o abuso, os abolicionistas. Entretanto, esta prática permaneceu por quase 300 anos, até chegarmos ao dia 13 de maio de 1888, por meio da Lei Áurea que dava total liberdade aos negros, abolindo, no papel, a escravidão no Brasil.
127 anos depois da Lei, ainda é necessário que os negros estejam mobilizados para melhorarem suas condições de vida. Precisamos aumentar a nossa presença na política, devemos estar discutindo na linha de frente, tomando decisões importantes nos espaços públicos e nas empresas. Devemos assumir o protagonismo.
O Tucanafro está em busca de lideranças importantes de comunidades para poder promover a conscientização sobre o problema do racismo e também buscamos incentivar o surgimento de novos candidatos negros.
É necessário que tenhamos muita disposição política para que todos se comprometam a lutar contra este mal. É um problema que não pode ficar mais no anonimato, deve ser discutido de forma mais ampla nas escolas, na mídia, na Câmara, no Senado e em todas as outras instâncias. Que este dia sirva de estímulo para buscarmos um futuro melhor e mais justo para todos!