Após cinco planos econômicos fracassados, o Plano Real entrou em vigor no dia 1° de julho de 1994 para estabilizar a economia do Brasil. Liderado por Fernando Henrique Cardoso e com a ajuda de economistas do PSDB, o plano fez com que o Brasil superasse uma crise de recessão com a queda do PIB e enfrentasse o problema da inflação, que atemorizava os brasileiros.
A BBC Brasil fez, com a ajuda de economistas, uma lista com os principais aspectos que mudaram na vida da população com a estabilização da moeda alcançada com o real.
Concluiu-se que, a partir da mudança, o brasileiro pôde parar de fazer compras em estoque. A rapidez com que os produtos mudavam de preço obrigavam todos a terem muita agilidade na hora da compra. Se, por exemplo, era anunciada a queda do preço da gasolina, os postos ficavam lotados, porque não era possível prever até quando o preço estaria acessível.
Com a estabilização, também tornou-se possível o planejamento a longo prazo. Com a volatilidade da moeda, não era seguro guardar dinheiro, pois era bem possível que ele perdesse o valor.
Antes, as visitas aos bancos e instituições financeiras deviam ser muito mais constantes, pois as pessoas precisavam cuidar de suas aplicações. Com o sucesso do plano, a pobreza também diminuiu, porque a inflação tende a ser uma concentradora de renda. Com a inflação fora de controle, os ricos podiam aplicar o dinheiro, já os pobres tinham o poder de compra corrompido.
A expansão do crédito foi outra possibilidade criada pelo plano, permitindo que o brasileiro comprasse televisões, geladeiras, carro ou casa, e a realização de investimentos tornou-se mais fácil, porque antes era praticamente impossível saber se haveria algum retorno.
Por motivos óbvios, a idealização do plano foi o principal suporte para que a condição de vida do brasileiro mudasse. A estabilidade da economia foi o alicerce de inúmeras melhorias realizadas para a população do país nas últimas duas décadas.
Opinião
Segundo Juvenal Araújo, Presidente do Tucanafro Brasil, Fernando Henrique Cardoso marcou seu nome na história por permitir que as condições de vida do brasileiro melhorassem. “O alicerce de um país é a economia, e FHC, por sua imensa sabedoria e sensibilidade, foi capaz de criar as bases de crescimento do Brasil. Vivíamos uma situação tensa, e uma gravíssima crise política estava por surgir. Devemos muito a tudo que ele fez, e os bons frutos que ele plantou ainda estão sendo colhidos,” afirmou.
Juvenal ainda salienta o medo da inflação voltar. “A política econômica do governo de Dilma não é boa, e há sim um receio sobre a volta da inflação. É necessário mais comprometimento com o futuro do Brasil,” afirma.