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Memória: 24 de agosto, Dia do falecimento do abolicionista Luiz Gama

24 de agosto de 2014
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LUIZ GAMALuiz Gonzaga Pinto da Gama, mais conhecido como Luiz Gama, nasceu no dia 21 de junho de 1830. Baiano nascido em Salvador, filho de um fidalgo português e da ex-escrava Luiza Mahin, Luiz gama foi vendido como escravo pelo pai, em 1840 quando tinha apenas 10 anos de idade. Luiz viajou muito, porém, como escravo. Em meio a tantas viagens, Luiz chegou ao município de Lorena, em São Paulo.

Diferente de muitos escravos, Luiz foi alfabetizado pelo estudante Antônio Rodrigues de Araújo, que hospedou por um tempo na fazenda onde Luiz trabalhava como escravo. Audacioso e destemido, características estas que ficariam marcadas na sua personalidade, Luiz fugiu para São Paulo. Ao mesmo tempo em que trabalhava como sapateiro e lavava roupas, ele estudou e seguiu o exercício da advocacia. Sua primeira vitória veio quando, mesmo não sendo formado, conseguiu reunir provas que o livraram da condição de escravo. Em 1850, tentou frequentar o curso de direito do Largo de São Francisco. Pelo fato de ser negro, enfrentou a hostilidade não só dos alunos, mas também dos professores. Jamais concluiu o curso, mas isso não o impossibilitou de trabalhar na área e que atuasse na defesa jurídica dos negros.

Além do talento para o direito, Luiz Gama também era um mestre nas palavras. Escrevia poemas como ninguém, além disso, era um jornalista terrivelmente polêmico. Em todas as suas profissões, a sua causa sempre foi à luta contra a escravidão. Com seus poemas, no qual satirizava a aristocracia e os poderosos, Luiz é um dos grandes representantes da segunda geração do romantismo brasileiro.

Com a sua luta incessante contra a escravidão, Gama foi um dos maiores líderes abolicionistas do nosso país. Um dos marcos históricos de sua carreira foi em 1869, quando criou o Jornal Radical Paulistano, junto com o diplomata Ruy Barbosa. Por causa de seu dom, sua inteligência e sua impecável oratória, Luiz conseguiu libertar mais de 500 escravos ao longo de sua vida.

Um dos maiores nomes da luta contra a escravidão, Luiz Gama faleceu em 24 de agosto de 1882 e foi sepultado no Cemitério da Consolação, mas isso não o deixou esquecido. No Largo do Arouche, em São Paulo, Luiz ganhou uma bela homenagem. Ali se encontra a imagem do seu busto com a seguinte mensagem “Por iniciativa do progresso/Homenagem dos pretos do Brazil”.

“Canta, canta Coleirinho,
Canta, canta, o mal quebranta;
Canta, afoga mágoa tanta
Nessa voz de dor partida;
Chora, escravo, na gaiola
Terna esposa, o teu filhinho,
Que, sem pai, no agreste ninho
Lá ficou sem ti, sem vida.” (Trecho retirado do poema “Coleirinho” de Luiz Gama)

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