O anúncio do novo ministério de Dilma foi um banho de água fria em todos os brasileiros. Todos nós, que sentimos no bolso que o ano de 2015 vai ser um duro ano devido a tantos erros sucessivos na política econômica, nos tornamos ainda mais desesperançosos.
Dilma colocou na pasta da educação Cid Gomes, um cearense que em 2011 disse que professor deveria trabalhar por amor, e não por dinheiro. Para ele, então, o mísero valor do atual piso do professor deve ser suficiente. No discurso de posse, Dilma disse que seremos a Pátria educadora, mas como acreditar?
George Hilton, anunciado Ministro do Esporte, disse que “pode não entender de esportes, mas entende de gente”. Estamos sediando as Olimpíadas de 2016 e nosso principal gestor não entende de esporte?
Dilma chegou a dizer que estava difícil montar o ministério, mas realmente ela deve ter tido trabalho pra conseguir montar uma equipe tão ruim. Se fizermos uma análise mais minuciosa, veremos que a maioria dos quadros indicados para cuidar do futuro de nosso país não têm o preparo necessário para isso. É um amadorismo que chega a me deixar entristecido.
Além disso, o governo precisa sinalizar redução nos gastos que acumulam recordes, mas os 39 ministros continuam lá. É um número que impressiona, muita gente no serviço público para pouco benefício pra população. Na hora de cortar gastos, os que mais sofrem, claro, são os mais pobres. Já tiraram 18 bilhões de reais em benefícios trabalhistas.
E o mesmo erro do mandato passado vai se repetir agora. Dilma dizia na campanha que “Negro consciente votava 13”, mas eles só gostam de usar o negro na propaganda. Na propaganda, o PT é o partido dos pobres, desfavorecidos, negros, mas na prática não se vê nada disso. Como disse o Aécio, se existisse um Procon para eleições, Dilma estaria em maus lençóis.
O negro nunca teve e, pelo visto, nem vai ter chance com Dilma. Entre os 39 ministros, apenas um é negro, a Ministra da Igualdade Racial, Nilma Lino Gomes. Faltam oportunidades e coerência, já que negros correspondem a mais de 50% da população brasileira. A falta de negros no Ministério é o retrato da situação que vivemos, já que nossa presença na política é ínfima.
Queremos mais representatividade e uma sinalização de melhorias nas políticas públicas de igualdade. Os índices de segurança e qualidade de vida são muito ruins, e ela continua fazendo vista grossa para esses problemas. Nós, não!