Quando Dilma assumiu a Presidência, a sua principal bandeira foi o fim da miséria no Brasil. Uma meta louvável, uma prioridade interessante e justa, mas, quando um político assume um objetivo, espera-se dele coerência e apresentação de resultados. Após quase quatro anos de mandato, Dilma tem pouca história pra contar, por isso muitas vezes inventa.
Hoje, ao invés de mais rico, nosso povo está mais desanimado e com perspectivas ruins. A miséria não acabou e os programas sociais existentes não conseguem gerar qualidade de vida aos seus beneficiários, tampouco fazer com que as pessoas saiam definitivamente da pobreza.
A economia cresce muito lentamente e temos impostos altíssimos que não resultam em bons serviços de saúde, educação e mobilidade urbana para a população. Segundo especialistas, o percentual que o Bolsa Família representa no PIB é baixo – apenas 0,5% -, o que nos faz ter a certeza que os trilhões de reais arrecadados pela máquina pública são muito mal geridos.
As previsões para o PIB brasileiro de 2014 encolheram novamente, de 1,24% para 1.16%, foi o quarto recuo seguido. O baixo crescimento é fruto de uma política econômica que é falha.
Dados do Índice de Competitividade Global, em ranking com 148 países, apontam nosso país como o 114° em infraestrutura, 121° educação, 124° eficiência em governo e 147° em regulamentação governamental. Está bom? Para os petistas parece que sim.
Com um discurso quase que surreal, não conseguem identificar os erros de gestão e propor as reformas que o Brasil precisa. Falam de mudanças como se eles fossem a oposição, esquecendo-se que são eles quem estão há 12 anos no poder. A boa herança que receberam vai esgotando-se, e é hora do Brasil voltar a planejar bem seu futuro.
Recentemente, a Dilma anunciou o aumento de 10% do Bolsa Família com o tom de voz de um herói que aparece para salvar alguém do mal. Só que ela esconde que, para o aumento ser real, deveria ser proporcional à inflação, ou seja, pelo menos duas vezes maior do que o realizado.
No Brasil, todas as classes econômicas apontam insatisfação com o atual quadro, e não adianta tentar criar duas situações inexistentes, dividindo as aspirações da “elite” e as do “povo”. Não caímos nesta. Podemos dizer, com absoluta certeza, que a insatisfação é geral, a gestão de Dilma não atende os objetivos de ninguém.
As pessoas de classe baixa sabem que, para progredir, precisam de melhores escolas e oportunidades. Os mais ricos percebem que os altíssimos impostos pagos não são convertidos em benefícios reais para o Brasil. Precisamos impor maior credibilidade à política nacional e provar que é sim possível uma gestão séria, competente e voltada para o povo.
Quem paga o maior preço pela ineficiência do governo federal são os negros, pobres e carentes de oportunidades. O fim da miséria, com o PT, parece ser um ciclo sem fim.