Após a ocorrência de injúrias racistas ao jogador Aranha, goleiro do Santos, adversário do Grêmio em partida disputada em Porto Alegre (RS) pela Copa do Brasil, o julgamento do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decidiu por excluir o time gaúcho da competição.
Em quase quatro horas de sessão no Rio de Janeiro, os auditores resolveram, em unânimes 5 a 0, pela punição após denúncia feita pela procuradoria, baseada no artigo 243-G (e seus parágrafos) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
O clube ainda foi multado em R$ 50 mil, mas não perdeu mando de campo por “ato discriminatório” e a decisão ainda cabe recurso ao Grêmio. Para Juvenal Araújo, a punição foi exemplar, mas sozinha não resolve. “Acho correta a punição porque ela inibirá outras torcidas a fazerem o mesmo. Sabemos que trata-se de um caso reincidente e o racismo não pode mais ser tolerado. Entretanto, como identificaram as pessoas por meio das imagens, são elas quem devem ser as principais culpadas e não o clube,” comenta.
Para Juvenal, o esporte deve servir para que haja uma mudança de comportamento das pessoas. “Esporte é algo saudável, e a competitividade que ele gera deve nos ajudar a conviver com as diferenças, não o contrário. A história do esporte mostra que todos somos iguais, e quem não aprendeu isso até hoje só pode mesmo ser muito mal intencionado,” conclui.