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PSDB – Tucanafro
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Subcomandante de UPP, cofundador do Tucanafro RJ, é assassinado em tiroteiro em periferia

21 de março de 2014
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1499548_681706688538121_2018207501_nO tenente Leidson Acássio Alves Silva, que ajudou a fundar o Secretariado de Militância Negra do Rio de Janeiro – Tucanafro RJ, foi morto com um tiro na testa, quando fazia uma patrulha no subúrbio do Rio de Janeiro, na última quinta-feira (13). Leidson comandava uma equipe de oito policiais, que patrulhavam a favela quando foram surpreendidos por bandidos. Na ação, o tenente foi atingido por um tiro na testa.

Depois de vir de Minas Gerais para o Rio com a mãe e os três irmãos, ainda na infância, um desentendimento familiar levou o então adolescente a morar nas ruas. Neste período, Leidson chegou a trabalhar como camelô e borracheiro. Aos 17 anos, só tinha cursado até a terceira série do Ensino Fundamental. Aos 23, apenas seis anos depois, já era cadete da PM. Além do supletivo que garantiu sua formação, ele também atuou como motorista de reboques na Operação Lei Seca prestando serviços para uma empresa privada.

Em 2013, juntamente ao atual Presidente do Tucanafro RJ, Eduardo Sol, Leidson passou a pensar em propostas de inclusão de jovens negros nas favelas e formar o secretariado para que a população carente pudesse enxergar o Estado de outra maneira. “Leidson tinha o sonho que a polícia passasse uma imagem educativa, de princípios, valores, respeito e cidadania, e não de repressão,” afirmou Eduardo.

Ainda segundo Eduardo, Leidson tinha o objetivo de trabalhar a favor da construção de um Colégio da Polícia Militar nas áreas de UPP no Rio de Janeiro. Além disso, vários eventos realizados pelo Tucanafro RJ e muitas propostas políticas do secretariado foram idealizadas pelo subcomandante.

O presidente do Tucanafro Brasil, Juvenal Araújo, lamenta profundamente a perda do militante e deixou uma mensagem em nome de todos os secretariados do país. “É uma perda inestimável. Nos enche de tristeza a perda de um companheiro que trabalhou muito a favor do negro. Nos resta, apenas, seguir com muita firmeza nesta causa que também era dele. Fica difícil dizer algo neste momento, mas só podemos desejar toda força e energia positiva a todos os familiares e amigos. Esperamos que a justiça seja feita e os culpados responsabilizados. Leidson foi um grande homem e a família deve se orgulhar pela história que ele construiu.”

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