Após 39 dias, a Conmebol anunciou que puniu o Real Garcilaso pelos atos de racismo praticados pela torcida do time peruano contra o jogador do Cruzeiro Tinga, na partida disputada contra o time mineiro em Huancayo, pela primeira rodada da Libertadores.

Crédito: Site do Cruzeiro Esporte Clube
Na ocasião, torcedores emitiram sons de macaco toda vez que o jogador brasileiro pegava na bola. A entidade máxima do futebol sul-americano aplicou uma multa de US$ 12 mil ao Real Garcilaso e advertiu que, caso os atos racistas se repitam, o estádio do clube será interditado.
Em nota, a Conmebol diz que irá se comprometer a aumentar a vigilância das partidas para denunciar e punir novamente os clubes e as torcidas que protagonizarem novos episódios de qualquer tipo de preconceito.
Em entrevista à imprensa, Tinga disse que esperava uma punição mais pesada para gerar mais repercussão social, citando como exemplo um projeto social que o clube tivesse que realizar para conscientizar os torcedores sobre a importância de se combater o racismo.
O presidente do Tucanafro Brasil, Juvenal Araújo, lamentou a decisão da entidade citando que a punição não gerará remorso aos preconceituosos. “Esperávamos uma punição real, não uma simples multa. Enquanto não começarem a tratar ofensas como aquelas que ocorreram no estádio, no Peru, como verdadeiros crimes, iremos evoluir pouco na questão do racismo,” afirma Juvenal.