Aos amigos e amigas, acabou o suspense. Nesta quinta-feira, dia 3, com a presença do nosso líder presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, em Brasilia, filiamos ao PSDB e ao Tucanafro a nossa heroína, desembargadora da Bahia, Luislinda Valois.
Estou feliz demais pela vinda ao nosso partido de uma pessoa que, além de amável, é o símbolo de resistência, competência e heroísmo para o nosso povo. Muito obrigado pela confiança no nosso trabalho.
A história de Luislinda: Nascida no estado da Bahia, em 1942, Luislinda Dias de Valois Santos se mostrou lutadora contra o racismo ainda criança. Filha de motorneiro e de costureira e neta de escravo, sofreu ainda na infância o preconceito racial, aos nove anos teve seu primeiro embate em uma sala de aula quando um professor a desprezou pela simplicidade de seu material escolar. Ele afirmou que se ela não podia comprar o material adequado, não devia estar estudando e sim cozinhando feijoada para brancos.
Foi nesse momento que surgiu a determinação da mulher que se tornaria, em 1984, a primeira negra a exercer o cargo de magistrado e a primeira a sentenciar, em 1993, tendo como base a Lei do Racismo no Brasil. Estudou Teatro e Filosofia antes de se formar em Direito. Foi procuradora-geral do DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) – hoje – DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e mais tarde passou em primeiro lugar num concurso para a Advocacia Geral da União (AGU).
Depois que tornou-se juíza em 1984. Tem como prática o uso de colares de candomblé em suas audiências. Criou em 2003 o projeto Balcão de Justiça e Cidadania, para resolução de conflitos em áreas pobres de Salvador. Em 2009, publicou o livro O negro no século XXI. E em 2011, foi promovida desembargadora titular do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Luislinda já foi homenageada e premiada em diversas esferas públicas e entidades no país e no exterior pelos projetos de inclusão e acesso à Justiça que desenvolveu nas comarcas pelas quais passou.
Consciente de que é parâmetro de sucesso para a raça negra, defende o sistema de cotas, acredita que a lei contra o Racismo ainda não é muito bem utilizada e afirma que o preconceito existe, sim, no Brasil, apesar de velado. Como exemplo, faz questão de lembrar que já foi vítima de preconceito no exercício da magistratura, mas afirma que com simplicidade, sinceridade e altivez sempre resolve essas situações.
Presidente do Tucanafro.