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PSDB – Tucanafro
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Tucanafro reúne partidos aliados para promoção da igualdade racial em Minas

20 de março de 2014
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DSC04469Representantes da militância negra de oito partidos estiveram reunidos, na sede do PSDB-MG, na tarde de quinta-feira (20), para alinhar ações e ideias acerca do movimento negro no estado. Os participantes da reunião apontaram pontos críticos, sugestões e planos para que a igualdade seja promovida em Minas Gerais.

Mais uma vez foi discutida a assinatura da Carta dos Partidos Políticos Brasileiros Para Uma Sociedade Não Racista, que faz com que todos os partidos políticos se comprometam a debater e propor ações a favor da igualdade racial.

Os militantes mencionaram a educação como um ponto chave para que a realidade do negro no país seja alterada. Segundo o Presidente do Tucanafro Brasil, Juvenal Araújo, a literatura ensinada nas escolas é europeia. “Desde criança, o negro não consegue se enxergar nos contos de fadas, o que dificulta a sua aceitação. Além disso, no Brasil, quem nasce com cabelo crespo é ensinado a pensar que tem cabelo ruim. Este tipo de coisa deve mudar,” afirma.

Outro ponto de destaque abordado pelos presentes foi a união entre brancos e negros para luta pelo mesmo ideal. “Para todos se conscientizarem sobre a importância da igualdade, especialmente os dirigentes de partidos, acho que este tipo de reunião é imprescindível. Acho que todos os partidos unidos, em todas as esferas, e com a ajuda da população, devemos levar este movimento a frente, o que poderá trazer muitos ganhos para o Brasil,” afirmou o representante do PTB, Maurício Gonçalves.

Assim como o PSDB, com o Tucanafro, outro partido que tem um núcleo para questões relacionadas ao negro é o Partido Democrático Trabalhista (PDT). “Estamos tomando esta atitude, de forma conjunta ao Tucanafro, pois sabemos que a partir deste relacionamento vão nascer novas atitudes para fortalecer o nosso movimento,” afirmou Paulo Barroso, presidente estadual do movimento negro do PDT/MG, Paulo Barroso.

Um dos problemas mais agravantes em Minas Gerais em relação ao negro é a situação dos quilombolas. O estado tem 480 comunidades, e apenas 185 são reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares, entidade do Governo Federal. Ou seja, 295 comunidades não podem ter acesso ao programa Brasil Quilombola por não estarem certificadas.

No encontro, como solução para os problemas apontados, os integrantes do PDT, PMN, PP, PSDC, PTB, PT do B, SDD e PSDB ressaltaram a importância da assinatura da carta e uma próxima reunião será realizada nos próximos dias para continuidade das discussões.

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