Atos marcam os 13 anos do assassinato de Ceci Cunha
Mais de 700 pessoas se reuniram na Catedral Metropolitana de Maceió, em Alagoas para um ato ecumênico em homenagem a deputada e médica Ceci Cunha (PSDB-AL), assassinada há 13 anos em Maceió. O evento marcou o início da contagem regressiva de um mês para o julgamento de Talvane Albuquerque, indiciado como suposto mandante do crime.
Brasília – Mais de 700 pessoas se reuniram na Catedral Metropolitana de Maceió, em Alagoas para um ato ecumênico em homenagem a deputada e médica Ceci Cunha (PSDB-AL), assassinada há 13 anos em Maceió. O evento marcou o início da contagem regressiva de um mês para o julgamento de Talvane Albuquerque, indiciado como suposto mandante do crime.
O ato em Maceió, coordenado pelo PSDB, foi um evento suprapartidário e contou com a presença de diversas lideranças locais e nacionais.
Durante a missa, o governador de Alagoas, Teotônio Vilela (PSDB) relembrou a trajetória de vida de Ceci, que nasceu em uma família humilde e venceu todas as dificuldades que a vida lhe impôs: “Ela se entregou de corpo e alma a tudo que se propôs fazer. Boa mãe, esposa, médica, parlamentar exemplar e mulher de garra”, destacou.
Além do governador do estado, a deputada constituinte, Moema de São Thiago, a presidente do PSDB Mulher, Telma de Oliveira e os dois filhos de Ceci Cunha proferiram algumas palavras.
Após a missa, o grupo seguiu em uma caminhada pelo centro de Maceió entoando o grito de “Queremos justiça” até a sede da OAB/AL, onde ocorreu um ato público com os integrantes da Ordem.
O Julgamento
Passados quase 13 anos do assassinato da deputada Ceci Cunha, a Justiça vai, enfim, levar os assassinos ao banco dos réus. O júri popular está marcado para 16 de janeiro, em Alagoas, e atende a uma solicitação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que considera o crime um dos dez casos de impunidade que mais afetam a credibilidade do Poder Judiciário e mancham a imagem do Brasil no exterior.
Para o presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra, a demora em julgar os assassinos de Ceci Cunha é um exemplo de como a impunidade expõe a fragilidade do judiciário no país. “É inadmissível que um caso bárbaro como o da nossa querida Ceci ainda permaneça sem conclusão. O que houve no dia 16 de dezembro de 1998 foi mais que um assassinato e crime político, foi a separação covarde de uma família”, lembrou.
Entenda o caso:
Ceci Cunha foi morta na noite do dia 16 de dezembro de 1998, logo após a solenidade de diplomação como deputada federal, em Maceió. Na varanda da casa de familiares, quatro homens armados com revolveres e pistolas promoveram uma chacina. Além de Ceci, seu marido Juvenal Cunha, o cunhado e a mãe deste foram atingidos e morreram no local.
De acordo com o Ministério Público Federal, o crime teria sido encomendado pelo ex-deputado Talvane Albuquerque suplente de Ceci na Câmara dos Deputados. Quatro homens, identificados como assessores e seguranças de Albuquerque seriam os executores.
Outras cidades também se mobilizaram nesta sexta-feira (16). Em Recife o PSDB Mulher do estado coordenou um ato público relembrando os 13 anos do assassinato de Ceci; Fortaleza fixou faixas em frente ao Fórum pedindo justiça; Palmas, Curitiba e Porto Velho celebram missas em homenagem a deputada; Em Brasília treze cruzes foram fixadas, logo pela manhã, no canteiro central da Esplanada dos Ministérios, próximo ao Ministério da Justiça.