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O plano de governo do Marcio Bittar e reação jocosa do PT, por Evandro Cordeiro

16 de julho de 2014
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A reação jocosa do governo, por meio de assessores, ao Plano de Governo da Aliança Por um Acre Melhor, encabeçada pelo Marcio Bittar (PSDB), apresentado nesta terça-feira à imprensa, foi a piada mais sem graça dos últimos tempos em nossa paróquia. Usando trocadilhos e frases montadas, um gost wright do governador Tião Viana (PT) tenta passar a leitores das redes sociais e de jornais locais a ideia de que o plano tucano para governar o Acre seria apenas uma peça mambembe, uma ululante construção de palavras para “enganar bestas”, mesmo tendo sido o documento fruto dum trabalho de queima-pestanas com duração de um ano e meio aos comandos duma equipe de economistas, advogados, engenheiros, alguns deles renomados professores da Ufac, além da participação de profissionais liberais, todos atuando com base em dados arrecadados a partir de pesquisas junto à população. Num trecho escreve o desdenhador colega: “o candidato do PSDB ao Governo do Estado está prometendo que, se for eleito, o rio Acre não vai encher mais. Ufa!”.
Ora. Essa reação não é o tipo de flor que se cheire, não é pau sem formiga. Ela não aconteceu sem propósito, porque pouca gente é desavisada suficientemente para não perceber que a “gozação” ao plano de governo da oposição tem o objetivo comezinho de criar uma cortina farsante à falta de argumentos do governo para pedir, outra vez, o voto do povo do Acre. Senão vejamos: faz 16 anos que o PT governa o Acre e até ontem ainda devia muito – ou quase tudo – daquilo que prometeu para os primeiros quatro anos. Não conseguiu diminuir números, inclusive na saúde e na segurança. Foi bem numas coisas, mas deixou a desejar noutras – e bote a desejar nisso.
Lembram que eles pediram os primeiros quatro anos, o povo deu, pediram mais quatro e o povo, ainda esperançoso, outorgou-lhes? A partir dai a relação não foi a mesma. Havia os primeiros sinais de rejeição. Ai eles já não pediam mais, na essência da palavra. Eles, tipo, deram um jeito de ganhar. Todo mundo sabe como se deram no Acre as três últimas eleições para governador.
Nessa brincadeira, no final desse ano eles completam quase duas décadas governando e na altura do campeonato já fizeram uma confusão do inferno com o público e o privado. Gastam cem milhões por ano só com cargos público e rebaixaram o orçamento da segurança de R$ 20 milhões para R$ 10 milhões, aproximadamente. Se mete pouco onde deveria e não age onde era para agir. É uma coisa horrível. Tem mais compromisso com pessoas políticas do que com política de Estado.
PT e governo, que na atual conjuntura são quase a mesma coisa, forçam a capa para sobreviver no poder. Ganharam as últimas três eleições de forma suspeitíssima, por mais coincidência que tenha sido. Talvez por isso falte argumento. Então não deu outra: o plano de governo do candidato Marcio Bittar provocou uma pitada de inveja por razões obvias.
As últimas campanhas do PT são secas e muito mais mercadológicas. Sem contar que, vez por outra, o governo precisa estar se explicando, ao invés de prometendo. As explicações vão do serviço público malfeito a ocorrências policiais envolvendo alguns de seus próceres. Tião Viana, um bom homem, é vítima do processo de enfado, de fadiga de material, duma aliança gulosa que o imprensa por cargos que vão de insignificantes FG’s aos famigerados assessores especiais.
Por toda essa falta de argumento e com a aceitação transformada em rejeição coletiva, resta a eles fazer a contra-propaganda, a desconstrução do adversário por meio de vilipêndios e extemporâneas provocações. E hoje, por nossa senhora, quem pagou o pato foi o plano de governo do Marcio Bittar.
Ufa!

 

*Evandro Cordeiro é jornalista

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