Dias: Sociedade deve cobrar explicações de envolvidos no mensalão
Líder do PSDB no Senado diz que relatório da PF acaba com toda hipocrisia envolvendo o escândalo
Líder do PSDB no Senado diz que relatório da PF acaba com toda hipocrisia envolvendo o escândalo
Brasília (04) – O líder do PSDB, senador Alvaro Dias, afirmou nesta segunda-feira que o relatório da Polícia Federal sobre o inquérito do mensalão, antecipado pela revista Época, coloca por terra o argumento do PT de que o escândalo não teria existido. Para Alvaro Dias, não é mais possível se admitir no Brasil a imposição de um cenário de hipocrisia em relação a crimes graves como o de formação de quadrilha.
“Há um grupo que tentou vender a impressão de que no Brasil todos nós ainda acreditamos em Papai Noel, e que a nossa ingenuidade não tem limites. É necessário agora assumir que o mensalão existiu, e que o governo estava totalmente envolvido no escândalo. Este cenário de hipocrisia, dos que quiseram afirmar que não houve mensalão, não é mais admissível, e agora a sociedade deve exigir providências de responsabilização civil e criminal de todos os envolvidos”, disse o senador tucano.
Diante da divulgação do relatório da Polícia Federal, o líder do PSDB afirmou que cabe agora ao Ministério Público decidir se realizará novas investigações sobre os envolvidos no caso, ou se basta que as informações da PF sejam apensadas ao processo que se encontra no Supremo Tribunal Federal. Para Alvaro Dias, é essencial que a sociedade civil pressione as autoridades pela celeridade no julgamento do escândalo.
“A população exige um julgamento célere sobre o caso do mensalão. A bola agora está com o Supremo Tribunal Federal e com o Ministério Público. Eu não conheço as filigranas jurídicas, mas cabe ao MP a decisão de apensar o relatório ao processo em curso no Supremo, e acredito que essa iniciativa não retardará os procedimentos. A celeridade agora é essencial, pois já houve tempo demais para se apurar este escândalo, que desde 2005 é alvo de investigação de diversos órgãos. O que não se pode é empurrar com a barriga a conclusão do julgamento de crimes gravíssimos como o de formação de quadrilha, até que eles acabem prescrevendo. A sociedade civil, assim como a imprensa, precisam continuar pressionando pela solução do caso”, afirmou Alvaro Dias.