Casos de sarampo e poliomielite crescem em todo o mundo, diz OMS

Brasília (DF) – A ameaça do retorno de doenças consideradas erradicadas no Brasil continua preocupando a população. Após uma queda em 2016, os casos registrados de sarampo e poliomielite aumentaram em 2017 em todo o mundo e, somente entre janeiro e maio deste ano, foram registrados 995 casos de sarampo no país. Segundo as estimativas de imunização mais recentes divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo UNICEF, a queda da cobertura vacinal contribuiu para a alta dos casos no último ano.
De acordo com o portal G1 desta terça-feira (17), no ano passado, foram registrados 173.330 casos de sarampo no mundo, um aumento de mais de 41 mil casos em um ano. Em relação à poliomielite, foram 96 ocorrências, 54 a mais do que em 2016.
A reportagem mostra que a difteria também cresceu no mundo: foram mais de 16 mil casos registrados, um crescimento de mais 9 mil em comparação com 2016. Já a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) registrou 830 casos em 2017, um aumento de 367 casos se comparado com 2016.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que estas doenças podem ser prevenidas com vacinas. A entidade chegou a emitir um alerta no ano passado depois que os casos de sarampo aumentaram 400% na Europa. A maioria dos casos ocorreram na Ucrânia, Romênia e Itália.
No Brasil, são dois surtos em 2018: em Roraima (200 casos confirmados e duas mortes) e no Amazonas (263 casos). Quatro casos também foram registrados no Rio de Janeiro e estão sob investigação. Também há notificações de sete casos no Rio Grande do Sul.
Cobertura vacinal
Segundo os dados divulgados pela OMS, a vacinação de crianças menores de um ano no Brasil teve seu menor índice de cobertura em 16 anos. A vacina Tetra Viral, que previne o sarampo, caxumba, rubéola e varicela, apresenta o mais baixo índice: 70,69% em 2017. Logo após, vem a vacina de Rotavírus Humano, que ficou 20% abaixo da meta.
Já o índice de cobertura contra a poliomielite ficou em 77%. O Ministério da Saúde informou que 312 municípios brasileiros estão com baixa cobertura para a vacina contra a poliomielite, deixando de vacinar mais da metade das crianças menores de um ano.
Embora o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) tenha determinado como obrigatória a vacinação de crianças, o descumprimento dessa norma não implica em multas para os pais.
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