Em entrevista, tucano eleito em São Bernardo do Campo diz que Lula o acusou de forma violenta em 2008

Imprensa - 01/11/2016

10669042_323804457827628_4332539086248604617_o-1Brasília (DF) – O tucano Orlando Morando, eleito prefeito de São Bernardo do Campo, berço político do PT, afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o “acusou de forma violenta” nas eleições de 2008, quando foi derrotado pelo atual prefeito Luiz Marinho (PT). “Ele não pode achar que a verdade dele é maior do que a verdade de todo mundo”, disse em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira (31).

“Ele me acusou aqui de forma violenta em 2008. Eu levei isso num sentido, para a minha militância, de que não pode ter ódio. Para que a gente pudesse hoje manter a calma e a tranquilidade com os adversários, que acabaram sendo derrotados”, disse.

Sobre fato de o ex-presidente não ter votado no segundo turno, Morando afirma que não considera a atitude um “bom exemplo”. “É um direito dele. Ele passou dos 70 anos, ele pode não votar. Mas não acho que isso é bom para a democracia, para a cidadania. Não acho que é um bom exemplo, mas eu respeito. É a decisão dele. Até porque ele não seria meu eleitor mesmo, então não senti nada”, declarou.

Questionado sobre a animosidade na cidade, o tucano afirmou que o clima é muito generoso após o final das eleições. “No meu discurso de domingo, eu deixei claro que o processo foi encerrado. Eu perdoei os meus adversários pela baixaria e pela mentira que foi pregada. A vida continua. A cidade é muito maior do que os políticos e os partidos. A eleição está encerrada e agora é olhar para o futuro”, completou.

Morando citou o “desemprego” como o principal problema de São Bernardo e uma das prioridades a serem tratadas em sua gestão. “Vamos ter redução de carga tributária, lei de incentivos fiscais, vou reindustrializar nossa cidade”, explicou.

Na entrevista, o tucano também falou sobre uma possível parceria com os prefeitos eleitos Paulo Serra (PSDB), de Santo André, e João Doria (PSDB), de São Paulo, para, juntos, fazerem uma gestão metropolitana. “Eu acho que é importante. Nós temos problemas que são comuns. Trânsito, enchente, segurança. Eu defendo a ideia de ter uma gestão compartilhada em algumas áreas específicas”, concluiu.

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01/11/2016