Macris pede investigação de suspeitas em campanha de Fernando Haddad de 2012

Notícias - 01/06/2017

Brasília (DF) – Cresce a lista de figuras petistas envolvidas em escândalos de corrupção, seja no âmbito da Operação Lava Jato ou de seus desdobramentos na Justiça. Na manhã desta quinta-feira (1), a Polícia Federal deflagrou a Operação Cifra Oculta, que apura supostos crimes eleitorais e de lavagem de dinheiro relacionados à campanha do petista Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo, em 2012. O inquérito, de acordo com reportagem publicada pelo portal G1, investiga o pagamento de dívidas da chapa de Fernando Haddad durante a campanha de 2012 pela construtora UTC. Os débitos seriam referentes a serviços gráficos no valor de R$ 2,6 milhões prestados pela gráfica Souza & Souza, que pertence à mulher do ex-deputado estadual Francisco Carlos de Souza (PT), mais conhecido como Chicão.

O deputado federal Vanderlei Macris (PSDB-SP) cobrou a investigação das denúncias contra o ex-prefeito de São Paulo, que, na opinião dele, refletem o modus operandi do PT em suas campanhas eleitorais. Para o tucano, os escândalos são resultado de uma postura antirrepublicana que priorizava os projetos de poder de um partido, e não a população brasileira.

“Nada mais é do que mais um capítulo desse processo de deterioração moral que o governo do PT estabeleceu no nosso país. Fernando Haddad mais uma vez demonstra que as lideranças do Partido dos Trabalhadores têm uma grande maioria deles presos, outros ainda por sabermos qual será o destino, e, no caso do Fernando Haddad, a sua participação nesse processo. Tudo isso está mostrando o modus operandi, a forma como agia o PT com suas campanhas eleitorais, campanhas pagas de maneira milionária”, afirmou.

Desdobramento da Lava Jato, as investigações da Operação Cifra Oculta começaram em novembro de 2015, a partir da delação premiada de executivos da UTC. Segundo os delatores, entre eles o doleiro Alberto Youssef e o ex-presidente da UTC Ricardo Pessoa, o deputado Chicão teria recebido R$ 2,6 milhões em propina da Petrobras para saldar dívidas da campanha de 2012 de Haddad. A dívida, no entendimento da PF, “teria sido paga por meio de um doleiro, em transferências bancárias e dinheiro vivo, para empresas”.

Vale destacar que os investigados poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica na prestação de contas à Justiça Eleitoral e lavagem de dinheiro, com penas de até 10 anos de prisão e multa.

‘Hora de virar a página’

Para o deputado Macris, as suspeitas sobre as campanhas petistas advêm da maneira exagerada como o dinheiro era gasto. Por conta disso, o parlamentar avaliou que o caso do ex-prefeito Haddad deve ser esclarecido pelas autoridades o quanto antes, para que o país possa finalmente virar a página da corrupção e caminhar no rumo do crescimento.

“[Esse caso] tem que ser apurado de maneira aprofundada. Hoje, o Brasil está vivendo um momento ímpar de construir a sua história, de virar uma página negra da sua história”, constatou.

“A sociedade brasileira não aceita mais conviver com esse tipo de postura. O caminho é a gente ter realmente uma virada de página, passar esse país a limpo e as pessoas que participaram de toda essa forma de agir, de assaltar dinheiro do Estado para um projeto político. As coisas precisam mudar, a sociedade não aguenta mais, e nós temos que contribuir com isso”, completou o tucano.

Leia AQUI a reportagem do portal G1.

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01/06/2017