Prefeitura de São Paulo vai rever contratos de coleta de lixo e varrição das gestões passadas

Imprensa - 25/01/2017

coleta lixol_sel_bf_07082015_047Brasília (DF) – O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), pretende rever os contratos de serviços de coleta de lixo e varrição com empresas concessionárias e permissionárias, assinados pela administração municipal em gestões passadas. Os contratos de quatro empresas, que hoje somam pouco mais de R$ 12 bilhões, serão revisados e reestudados. “A ideia é que as empresas assumam esse serviço e, também, possam explorar a riqueza gerada por ele”, destacou Doria.

As informações são de reportagem publicada nesta quarta-feira (25) pelo jornal Valor Econômico. O prefeito lembrou que, atualmente, os serviços de coleta de lixo e varrição do município são terceirizados e geram um custo demasiadamente alto à cidade. “São Paulo tem 12 milhões de pessoas, com um lixo muito rico, que pode possibilitar tanto a geração de energia elétrica, por meio de biogás dos resíduos, como o reuso de embalagens não-orgânicas”, acrescentou.

Segundo a Prefeitura, a capital paulista gera, em média, 20 mil toneladas de lixo por dia, entre resíduos domiciliares e de saúde, restos de feiras livres, podas de árvores e entulho. Somente o volume de resíduos domiciliares coletados pelas empresas Loga e Ecourbis, que cobrem uma área de 1,6 mil km², chega a aproximadamente 12 mil toneladas por dia. A estimativa é que mais de 11 milhões de pessoas são beneficiadas pela coleta de lixo nessa área.

Cerca de 3,2 mil pessoas trabalham no recolhimento desse lixo, que usa 500 veículos. Os contratos de concessão com as duas empresas têm um prazo de 20 anos, se estendendo até 2024. O valor inicial do contrato firmado com a Loga é de R$ 4,79 bilhões, sendo que as transferências mensais chegam a R$ 44,5 milhões. Já a Ecourbis recebe R$ 5,04 bilhões, com tarifa mensal de R$ 48,8 milhões.

Já a varrição das ruas de São Paulo também é de responsabilidade de outras duas empresas, a Inova e a Soma. Cerca de 13 mil pessoas e 660 veículos realizam esse trabalho, em cerca de 7.800 quilômetros de vias por dia. Apenas no serviço de varrição são coletadas quase 300 toneladas de resíduos por dia. Enquanto a Inova tem um contrato de R$ 1,12 bilhão, a Soma recebe R$ 1,13 bilhão. Ambos os contratos foram assinados em novembro de 2011, e têm validade de 36 meses. Inicialmente, eles podem ser prorrogados por 24 meses e, depois, por 12 meses, máximo permitido por lei. Ainda assim, ambos serão encerrados em meados de dezembro deste ano.

Leia AQUI a íntegra da reportagem do jornal Valor Econômico.

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25/01/2017