PSDB – PA

Aécio encontra Ana Amélia em Porto Alegre

Aécio Ana Amélia2O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, concedeu entrevista coletiva à imprensa, nesta quinta-feira (25/09), em Porto Alegre (RS). Aécio estava acompanhado da senadora Ana Amélia, candidata ao governo do Rio Grande do Sul, de Celso Bernardi, presidente do PP-RS, do prefeito de Pelotas (RS), Eduardo Leite, do deputado Nelson Marchezan (PSDB-RS), e Luiz Shenkel, candidato ao Senado.
Campanha eleitoral

Na reta final dessa campanha, estou muito animado. Eu disse das outras vezes que estive aqui e quero reiterar agora que nesses dias que nos separam da eleição estou extremamente confiante de que há uma boa ascendência na nossa candidatura em todo país. A partir do momento em que os eleitores fazem uma reflexão, uma reflexão mais profunda com relação ao significado de cada uma das candidaturas. E a nossa candidatura sempre foi, é e sempre será, quando vencer as eleições, a candidatura da mudança, da mudança consistente, da mudança de valores, da mudança de visão de mundo, com a mudança da gestão pública brasileira. Continuo até o meu último dia lutando pelo Brasil com a mesma pregação que eu tive lá atrás. O que me conforma é exatamente saber que as nossas propostas, elas mantêm uma absoluta coerência com tudo aquilo que praticamos e ao longo de toda nossa vida pública, tudo aquilo em que nós acreditamos. Importar a nossa candidatura, saber exatamente em quem está votando. A minha alegria de vir ao Rio Grande do Sul é sempre muito grande, porque venho aqui ao lado de muito companheiros, mas em especial ao lado da companheira Ana Amélia. A eleição da Ana Amélia tem um significado que vai além das fronteiras do Rio Grande do Sul, porque também da mesma forma que nós queremos que ocorra no Brasil, os brasileiros acompanham a mudança profunda que significa Ama Amélia para o Rio Grande do Sul. Da mesma forma da gestão do Estado, da gestão pública, da eficiência da maquina pública versus a gastança, talvez seja o principal marco desse governo, como é uma das principais marcas do governo federal. Então vamos aí com muita fé, com muita determinação nessa fase final da campanha e voltaremos aqui certamente no segundo turno para juntos reiniciarmos a nossa caminhada.

Sobre Previdência Social e Fator Previdenciário

É verdade aquilo que se previa que ocorreria, a partir de 2020, que era um déficit de 1 ponto percentual do PIB, já ocorrerá este ano. Não é novidade para ninguém, bastava apenas acompanhar a evolução dos gastos da previdência que isso suscitará uma discussão extremamente profunda no Congresso Nacional. Então, você me dá a oportunidade e gostaria até de reiterar isso, a nossa posição em relação ao fator previdenciário é absolutamente a mesma que defendemos desde o início. Até porque não é nada de outro mundo. Estamos propondo, e disse isso em uma reunião com inúmeras centrais sindicais e inúmeros sindicalistas, que o fator previdenciário vem onerando de forma perversa as aposentadorias dos cidadãos brasileiros. E vamos buscar uma alternativa a ele. Uma alternativa discutida diretamente com as centrais sindicais, que permita que ao longo do tempo o impacto do fator não continue a ser tão vigoroso como vem sendo hoje. Existem alternativas, existem propostas em discussão no Congresso Nacional, e o meu compromisso que reitero aqui no Rio Grande do Sul é encontrar uma alternativa para substituirmos o fator previdenciário por algum outro mecanismo que permita uma alívio das aposentadorias. E da mesma forma que estamos propondo também algumas variáveis no reajuste do aposentado como, por exemplo, você calcular o custo da cesta de medicamentos, utilizadas pelos aposentados. A média dessa cesta de medicamentos você poderia dar um reajuste para os aposentados e incorporasse também a variação do aumento dos medicamentos. O que nós vamos ter uma conversa muito franca a partir da percepção de que a perda dos aposentados brasileiros não pode continuar dessa forma.

Sobre apoios no segundo turno

Tenho absoluta convicção de que não vai acontecer. Eu me preparei ao longo desses últimos anos para governar o Brasil. A minha candidatura não é uma candidatura construída no improviso, na alternância de posições ao sabor das circunstâncias. A minha candidatura é uma candidatura onde reunimos as mais qualificadas do Brasil de absolutamente todas as áreas na economia, na área social, na educação para apresentar aos brasileiros um projeto que vai muito além do meu partido PSDB, do partido da Ana Amélia e de vários outros que estão inclusive na nossa aliança. É um projeto para o Brasil. O quadro que nós vamos encontrar a partir do ano que vem é um quadro extremamente complexo, nós estamos em recessão. Isso significa que os empregos estão indo embora, estamos com um quadro inflacionário estourando o teto da meta. Isso demanda confiança. Confiança no governo brasileiro e vou dizer de forma muita franca que nenhuma das duas candidaturas apresenta condições de resgatar a confiança do Brasil essencial. Temos a longo e a médio prazos, já na largada uma redução da taxa de juros para implementarmos o combate firme à inflação. A candidata oficial, a candidata Dilma perdeu essas condições, governou de forma erradica, no improviso e nos deixará como herança a inflação saindo de controle, ultrapassando o teto da meta mesmo com preços represados como eu disse com crescimento pífio, dos piores da nossa região, um conjunto de obras não terminadas ou inacabadas com sobrepreços por toda a parte. É um susto por dia. Ontem mesmo o tribunal de contas, não sou eu, não é a oposição, é o Tribunal de Contas da União avalia que houve também superfaturamento em obra na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, como já denunciávamos lá atrás. É como se escândalos sucessivos como o da Petrobras não bastassem. E no campo social nós paramos de avançar, nós paramos de reduzir o analfabetismo, a saúde brasileira hoje piora o atendimento do que era há quatros anos. Porque há uma diminuição na participação do governo federal no seu financiamento ano a ano. Era 54% quando o PT assumiu o governo, 54% que vinha da União, um conjunto de financiamentos para a saúde pública, hoje são apenas 45%. Na segurança pública, a omissão do governo chega a ser criminosa. Eu tenho reiterado isso, criminosa. Apenas 13% de tudo que se investe em segurança pública vêm da União, 87% dos Estados e municípios. Não temos política de controle das nossas fronteiras, o PT não deixa mexer no código penal para acabar com essa sensação de impunidade que permeia e que se espalha por todo Brasil. A nossa educação também. Qualquer ranking qualificado Brasil afora, estamos na lanterna. Então, esse governo fracassou, a marca desse governo é o fracasso. E, por outro lado, a marca da candidatura Marina, a quem eu respeito pessoalmente, é o improviso. As propostas não se sustentam. Hoje vejo a candidata sorrir para o agronegócio e há poucos anos atrás ela queria inviabilizar o agronegócio com um projeto que proibia, por exemplo, o cultivo de transgênicos no país. Hoje eu a vejo, inclusive os debates, entrevistas, se preocupando com a inflação, dizendo que vai trabalhar para controlá-la, mas quando nós estávamos lutando bravamente para aprovar o Plano Real, o Congresso Nacional, acabar com a inflação, ela estava no PT. E o PT que tentou inviabilizar o Plano Real, porque, se dependesse do PT, era mais importante o projeto eleitoral do partido do que o controle da inflação. Quando nós discutimos a Lei de Responsabilidade Fiscal, e eu era líder do Congresso Nacional, uma discussão extremamente dura, onde é que estava a candidata? Estamos ajudando a botar a Lei de Responsabilidade Fiscal para acabar com a farra das administrações públicas brasileiras? Ela estava lá sim no Senado, votando contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. E a candidata se incomoda muito quando lembro da sua história, mas nós somos o que nós fizemos. A candidata Marina militou durante mais de 20 anos no PT e durante problemas graves que o Brasil viveu, como o mensalão, por exemplo, eu não a vi se rebelando, pedindo para sair ou condenando a velha política. Ao contrário, permaneceu no ministério até o momento em que o PT escolheu uma outra candidata à Presidência da República. Então a minha crítica jamais será pessoal a quem quer que seja. Mas a crítica política, a cobrança da coerência. Nós não podemos correr o risco de estarmos daqui a 4 anos lamentando outra frustração de alguém que como a atual presidente da República também vai aprender no exercício do cargo. Presidência não é para aprendizado de administração publica. Então nós estamos oferecendo ao Brasil a nossa experiência, os quadros mais qualificados para que o Brasil entre em um ciclo de crescimento, de geração de emprego e de melhoria nos nossos indicadores sociais.

Sobre Pesquisas

Tivemos duas eleições em uma só. É preciso que nós sejamos absolutamente claros. A primeira eleição quando a candidatura era outra, o meu amigo, governador Eduardo Campos, onde o quadro era outro, vocês próprios ou pelo menos a grande maioria dos jornalistas, que já enfim previam uma polarização no segundo turno. E uma segunda eleição, depois que o trágico acidente que vitimou o Eduardo com um nova candidatura que traz uma imagem diferenciada, muito conhecida e que no primeiro momento galvanizou o sentimentos do país inteiro. O que acontece hoje? Uma percepção das pessoas, isso as pesquisas mesmo mostram, de que a mudança não se dará no dia da eleição apenas com o voto. A mudança efetiva, essa pela qual 77% das últimas pesquisas mostraram que essas mudanças são os desejos da maioria dos brasileiros, ela se dará a partir do dia 1º de janeiro do ano que vem. Então, as pessoas estão agora refletindo, refletindo de forma muito mais profunda sobre o que significa o desejo da maioria dos brasileiros. As pessoas estão agora refletindo de forma muito mais profunda sobre o que significa cada candidatura. Eu não tenho bola de cristal. Claro, que eu queria estar em primeiro lugar das pesquisas do primeiro ao último dia da eleição. Se você pegar o conjunto apenas das pesquisas divulgadas ontem, foram três pesquisas em redes de televisão, em institutos diferentes mostram que na média a nossa candidatura está crescendo em média de 3 e 4 pontos.  E vai continuar a crescer. Vai continuar a crescer. Por isso estou aqui, vou estar daqui a pouco em Santa Catarina, mais tarde no Paraná. Amanhã, no interior de São Paulo, vou ao Nordeste, vou a Minas. Vou fazer a minha mesma pregação do início ao último dia. Em resumo, é possível unirmos na política a decência com a eficiência. É isso que Ana Amélia vai fazer aqui no Rio Grande do Sul.

Sobre o Petrolão e o Mensalão no programa eleitoral da coligação

Talvez eu tenha sido a pessoa, o primeiro a denunciar tudo isso. Eu liderei no Congresso Nacional ao lado dos parlamentares a constituição da CPMI. Tivemos que ir ao STF para que acontecesse. Ela foi o estopim para chamar a atenção da sociedade, da imprensa. Aquilo que a presidente pode chamar malfeito, mas eu acho que a roubalheira se estabeleceu dentro da nossa maior empresa. Eu tenho anunciado isso, sucessivamente, onde eu posso. [No programa eleitoral] Nós temos um tempo muito menor que o tempo da candidata, mas mesmo no programa eleitoral eu denunciei o escândalo da Petrobras. Anteontem mesmo no programa eleitoral, eu falava dos absurdos os nossos portos todos eles pelo caminho, e a presidente inaugurando com o dinheiro brasileiro o porto de Cuba. Eu tenho feito todas as denúncias possíveis. Eu tenho que mostrar também aquilo que nós queremos fazer. Os nossos programas são sempre um equilíbrio. Eu acredito que nós temos no caminho certo. A avaliação tem sido positiva. Eu vou em frente, confiando que nós vamos vencer as eleições para mudar o Brasil.

Elevar ou reduzir taxa de juros

A nossa eleição ela sinaliza para a previsibilidade. Para uma política fiscal absolutamente transparente para longo e médio prazo para a redução da taxa de juros, já que as pessoas vão saber de forma muito clara quais serão as regras do jogo. Nós temos um desafio enorme no primeiro instante, resgatar a confiança no Brasil. Os investimentos foram embora. Eles são essenciais para a retomada do crescimento da nossa economia, que haverá de ser um instrumento de combate à inflação. O atual governo do PT não tem condições de fazer e a candidatura da Marina não adquiriu as condições de fazer. Quando eu anuncio que se for eleito indicarei o ex-presidente do Banco Central para ministro da Fazenda, eu quero sinalizar de forma muito clara a qualidade do time que nós estamos montando, quais as convicções desse time. A minha sensação é que nós deveremos no pós-eleição, com a nossa eleição, um período inverso, o oposto daquele que vivemos em 2002 com eleição do presidente Lula. Quando as incertezas que a candidatura Lula trazia, depois, obviamente, ele soube enfrentar isso, quando esqueceu tudo o que disse durante a campanha e manteve os pilares macroeconômicos do governo FHC: meta de inflação, câmbio flutuante e superávit primário. Mas, naquele período pós-eleição, a inflação sai de sete e pouco, o dólar disparou com uma incerteza muito grande dos mercados. Fazendo aqui uma comparação  superficial, mas o sinal é esse e vai gerar, eu acho, um clima de confiança no mercado. É com ele que nós vamos trabalhar. Repito: com previsibilidade, com resgate das agências reguladoras, com segurança jurídica para que possamos ao longo do tempo caminharmos para redução da inflação e para a retomada do crescimento. Nenhuma outra candidatura consegue construir o clima de resgate da credibilidade do Brasil como a nossa. Política econômica também é expectativa. Inflação é expectativa. Se você sabe que os preços estão represados hoje e vai haver inflação lá na frente em algum momento, maior que a atual, as pessoas se defendem e se previnem da situação lá na frente e a inflação começa aumentar agora. Então, a nossa proposta é a única que tem a capacidade de sinalizar com um ambiente de estabilidade para a retomada do crescimento.

No primeiro momento, a gente tem que assumir o governo para ver o tamanho do buraco. Eu aprendi uma coisa muito cedo. Vou fazer uma analogia aqui do que está acontecendo com o Brasil. Se você está dentro do buraco, a primeira coisa que você tem que fazer para sair do buraco é parar de cavar. É eleger o PSDB. Mais ou menos isso.

Candidatura Ana Amélia

Em uma campanha eleitoral, você convive com muita gente. De várias partes do Brasil, de relações diversas, de partidos diversos e estabelece relações diferenciadas também. Somos todos humanos. Uma das relações mais extraordinárias, mais fraternas e afetuosas que eu construí nessa campanha, tenho certeza de absoluto respeito, foi com a companheira Ana Amélia. Para mim, foi e está sendo um privilégio caminhar aqui no Rio Grande, Ana Amélia, ao seu lado. A sua vitória é a minha vitória. Como eu tenho certeza que a minha vitória será a sua vitória, porque eu tenho compromisso com a agenda da federação. A agenda que esse governo federal abandonou, desprezou, chegou a fazer conosco, Ana Amélia e eu somos colegas no Senado, como você sabe, um acordo para a mudança do indexador da dívida, essencial para o Rio Grande minimamente encontrar um cenário de organização das suas contas, e faltou com o compromisso que assumiu. O ministro da Fazenda da presidente Dilma de forma, eu diria, vexatória foi ao Senado e sentou-se na mesa com os líderes partidários para dizer que o compromisso que ele havia assumido não seria mais honrado, porque a situação do país se agravará. No meu governo, vamos dar prioridade absoluta à agenda da federação. Aquilo que eu defendia como governador de Estado que é a renegociação da dívida dos Estados, nós vamos fazer.

Sobre as delações premiadas relativas às denúncias na Petrobras

Eu torço para que essas delações fossem feitas todas de uma vez só com vocês todos participando. A minha percepção, o sentimento é que a coisa é muito mais grave do que está sendo noticiado. Tem muita gente por aí que treme e treme muito com essas delações premiadas, inclusive, com uma declaração do diretor preso, o Paulo Roberto Costa, em relação à participação de outros diretores da empresa, isso não foi um fato isolado, não foi uma célula dentro da empresa. Essa coisa funcionou de forma orgânica dentro da Petrobras e ao longo de todo esse governo do PT. Será que dá para acreditar que ‘eu’ não sabia? A presidente da República, não acredito, sempre digo isso, que ela teve algum benefício pecuniário, recebeu algum dinheiro disso, jamais. Não é do perfil dela. Mas dizer que ela não sabia do que estava acontecendo em uma empresa que ela comandou com mão de ferro e sempre fez questão de mostrar isso como ministra de Minas e Energia, como presidente do conselho da Petrobras, depois como chefe Casa Civil e não transferiu a presidência do conselho para o ministro de Minas e Energia, quis manter a presidência do conselho. Depois, como presidente da República, era a oportunidade de remontar toda a direção da empresa e não fez isso. Eu não tenho dúvida em afirmar do ponto de vista político ela tem responsabilidade, sim. Eu dei oportunidade a ela, nos debates dos quais participamos, até de pedir desculpas aos brasileiros pela governança trágica, perversa com os brasileiros que se estabeleceu na nossa maior empresa. Isso é inaceitável. Por isso que eu estou aqui, por isso eu estou andando pelo Brasil todos esses meses para pregar algo novo: eu vou reestatizar a Petrobras, vou devolver a Petrobras aos brasileiros, aos interesses nacionais e não aos interesses de grupos. Tenho certeza que mais essa delação premiada vai deixar muita gente insone. Como tenho certeza também que a citação de outros diretores também afetam o humor e a expectativa de muita gente do Partido dos Trabalhadores.  Agradeço a presença de todos aqui. Não sei se consigo voltar antes do primeiro turno, mas volto na primeira semana do segundo turno.

Proposta de qualidade de vida

Em primeiro lugar, vou fazer o Brasil voltar a crescer. Voltar a gerar empregos de qualidade. Vou ser um grande parceiro de quem trabalha e de quem produz. E eu vou ser o presidente da ordem, eu vou garantir uma política de segurança pública que permita às famílias terem maior tranquilidade em relação aos seus filhos, em relação a sua própria vida e vou permitir que quem produza no campo também tenha segurança jurídica. Vou ser o presidente da descentralização, presidente que vai permitir aos municípios e aos Estados enfrentarem melhores condições, as questões da saúde, as questões relativas à educação e à segurança pública. Eu vou encerrar um ciclo de governo que ai está, para iniciar um outro onde a decência e a eficiência passam caminhar juntas.

Prioridades para o Rio Grande do Sul

Investimentos em infraestrutura e crescimento é sempre uma prioridade para o Rio Grande do Sul. Temos que ampliar os nossos portos. O porto de Rio Grande será um compromisso efetivo nosso. Vamos concluir as obras que esse governo adiou permanentemente e a ponte, segunda ponte do Guaíba, é um desses exemplos. Mas o que é essencial: nós vamos garantir a competitividade para quem produz aqui, com um sistema tributário muito mais simplificado do que o atual, com uma logística muito mais eficiente, e com a abertura de novos mercados mundo afora.  O Brasil se fechou. Se fechou aqui no Mercosul, é refém de uma política externa ideológica, enquanto o mundo avança, o Brasil está paralisado. Vou permitir que o Brasil avance em direção a novos mercados, porque quem produz aqui já é muito produtivo. Nós vamos garantir mais investimentos em inovação. O que falta, o que inibe a competitividade não é o trabalho de quem está no campo ou mesmo na indústria, é o Custo Brasil, e eu vou declarar guerra ao Custo Brasil a partir do primeiro dia do meu governo.

Aumento do desemprego, segundo o IBGE

Quadro de recessão não combina com emprego, se o governo gosta de apresentar o retrato do desemprego, ele, na verdade, está omitindo dos brasileiros o filme, e o filme é muito ruim. Principalmente no que diz respeito aos empregos de melhor qualidade. Com o sucateamento da indústria, com a perda de competitividade da indústria, os empregos de melhor qualidade estão todos eles indo embora. O Brasil não pode se contentar em ser o país do pleno emprego de dois salários mínimos. É muito pouco para um país das dimensões do Brasil.

Quero dizer que fiquei estarrecido com as declarações da presidente da República na ONU. Em primeiro lugar, utilizou um espaço do Estado brasileiro para fazer campanha política. A história se lembrará daquele momento do discurso da presidente à ONU em que ela esqueceu onde estava, para quem falava, para fazer propaganda para o horário eleitoral. Um dia triste para o Brasil. E em especial a manifestação da presidente em relação à postura das negociações dos Estados Unidos e da coalizão que se formou em relação às ações contra o Estado Islâmico. A presidente propõe diálogo com um grupo que está decapitando pessoas. Realmente, essa não é a política externa que consagrou o Brasil ao longo de tempos. Infelizmente, também em relação à política externa a presidente da República deixa péssimos exemplos para o seu sucessor.

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