O candidato da Coligação Muda Brasil à Presidência da República, Aécio Neves, comprometeu-se, nesta quinta-feira (02/10), no Rio de Janeiro, a conduzir um governo transformador, promovendo melhorias em setores fundamentais como saúde, educação, segurança pública e economia. Aécio destacou que sua candidatura é a única que pode oferecer ao Brasil um governo honrado e eficiente pelos próximos quatro anos.
“O sentimento que eu tenho nesse instante é a gratidão a todos os brasileiros que me receberam nessa campanha. A cada um de vocês, eu reitero o que disse: acredito muito que podemos fazer um governo transformador. Eu me preparei para isso. Para fazer sua vida melhorar, melhorar a educação como fiz em Minas Gerais, levar saúde à porta de casa, fazer com que a segurança pública seja uma realidade. Vamos enfrentar todas as dificuldades que se colocam a nossa frente, mas com generosidade. Quero ser o presidente de todos os brasileiros. Para isso, peço o seu voto e seu apoio. Para garantir, pelos próximos quatro anos, um governo honrado e eficiente”, afirmou.
Segurança Pública
Em debate realizado pela TV Globo, Aécio destacou propostas na área de segurança pública, como fluxo contínuo de recursos para investimento, controle efetivo das fronteiras e a realização de parcerias com o setor privado para aprimorar o sistema prisional. Ele citou como exemplo experiências bem sucedidas de seu governo em Minas Gerais (2003-2010).
“É lamentável, chega a ser criminoso. Em quatro anos de governo da presidente Dilma, as masmorras medievais que são as penitenciárias receberam apenas 10,9% dos investimentos aprovados para o Fundo Penitenciário. A baixíssima execução do Fundo tem proibido os Estados de fazer investimentos e planejamento”, considerou.
“Vamos trazer a experiência das Parcerias Público Privadas (PPPs), em Minas Gerais, para o sistema prisional. Temos uma experiência, que são as Apacs [Associação de Proteção e Assistência aos Condenados], onde os presos de menor periculosidade fazem a própria segurança, e o índice de ressocialização de presos em Minas é hoje de 80%. O Estado tem que ser proativo, e não omisso nessa questão”, salientou.
Bons projetos
O candidato a presidente do Brasil reiterou que os bons projetos desenvolvidos pelo governo federal serão aprimorados em sua gestão. Ele citou como exemplos programas como o Minha Casa, Minha Vida, o Bolsa Família e o Pronatec. Os dois últimos foram concebidos com base em iniciativas já existentes em governos do PSDB.
“Aprendi muito cedo na administração pública que bons projetos devem ser aprimorados e reconhecidos, como o Bolsa Família. O Minha Casa, Minha Vida será aprimorado na faixa dos que ganham até três salários mínimos. O Pronatec foi inspirado em um projeto de Minas Gerais, as Etecs [Escolas Técnicas Estaduais]. Administração pública é isso, é reconhecer os projetos que funcionam. Esse tipo de subsídio será mantido no meu governo. O que não será mantido será o subsídio aos empresários”, ressaltou.
Economia
Na área econômica, Aécio lembrou que o Brasil só pôde crescer, ao longo dos últimos anos, amparado pelas políticas macroeconômicas de estabilidade da moeda, combate à inflação, metas e responsabilidade fiscal implementadas pelo PSDB durante o governo do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. O candidato fez críticas ao sistema tributário “complexo, confuso e oneroso”, que diminui a competividade do país.
“Combatemos o PT porque temos uma visão diferente de governo. Temos um projeto e acreditamos nele. Temos uma proposta realista, exequível, que é: na primeira semana da abertura do Congresso, apresentaremos uma proposta de simplificação do sistema tributário. É o primeiro passo para permitir que os gastos correntes do governo possam se encaixar no crescimento da economia”, pontuou.
Estatais
Aécio Neves criticou ainda a má condução que o governo Dilma fez à frente de empresas públicas como a Petrobras e os Correios. “É vergonhoso o que vem acontecendo nas empresas públicas. A Petrobras vive nas páginas policiais. E agora os Correios, que estão influenciando na eleição de Minas Gerais. O que expresso é a indignação que encontrei em todo o Brasil. O PT perdeu, há muito tempo, a capacidade de governar, de apresentar ao Brasil um projeto transformador”, acrescentou.
Aécio completou dizendo que, em seu governo, “a Petrobras vai ser devolvida aos brasileiros”. “Faremos uma gestão que engrandeça a empresa, que orgulhe a população, e não o contrário. E os bancos não serão usados como cabides de empregos. O perverso aparelhamento da máquina pública é o pior lado do governo do PT”, disse Aécio.
Entrevista do candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves
Rio de Janeiro (RJ) – 03-10-14
Assuntos: eleições 2014
(Seguem trechos)
Sobre propostas para o Brasil.
Respeito as propostas de todos candidatos, assim como tenho certeza que as nossas também serão respeitadas. O que quero dizer depois desse debate é que saio daqui hoje muito mais confiante do que cheguei. Porque ao observar e ouvir os outros candidatos a minha percepção clara é de que temos um projeto para o Brasil, não apenas um projeto para debater na televisão. Construí, ao longo de mais de um ano, com algumas das mais qualificadas e preparadas figuras da vida nacional não do meu partido apenas, aliás, a grande maioria de fora do meu partido, mas da economia, da área social, da saúde, da educação, um projeto de país.
Estou preparado não apenas para vencer as eleições. Estou preparado para dar ao Brasil um novo rumo. E é muito importante que a gente tenha claro que, ao se eleger um presidente da República, você está votando em um novo governo. E é bom olhar para o lado de cada candidato e ver quais são as pessoas que vão acompanhá-lo, que tipo de pensamento ele vai introduzir no governo. Porque ninguém faz nada sozinho. Ninguém vai enfrentar o caos da saúde sozinho, ninguém vai enfrentar o drama da segurança pública sozinho, ninguém vai fazer o Brasil crescer e resgatar a credibilidade perdida do país, ou mesmo controlar a inflação, solitariamente.
Temos o melhor projeto para o Brasil. Um projeto que não foi construído no improviso e tampouco significa a continuidade desse modelo que nos trouxe a mais perversa das heranças: resseção com crescimento pífio. Recessão técnica na economia, inflação alta, perda de credibilidade e denúncias de corrupção que não cessam nunca.
Eu sou, hoje, de alguma forma, a expressão de um sentimento de indignação de grande parte dos brasileiros. Estou pronto para encerrar esse ciclo do PT, mas, mais do que isso, colocar no lugar um outro que funcione, que respeite o dinheiro público, que tenha coragem de conduzir as reformas que infelizmente esse governo continua adiando.
Sobre as pesquisas.
As pesquisas apontam na possibilidade concreta e cada vez maior de estarmos no segundo turno. A curva da nossa candidatura é ascendente. Jamais deixei, em momento algum, de acreditar nisso. Aqueles que me acompanham mais de perto sabem disso. Porque sempre acreditei na consistência da nossa proposta, do nosso projeto.
Eu sou desde sempre oposição a tudo isso que estamos vendo acontecer no Brasil ao longo desses últimos anos. E as informações que tenho – até mais recentes, de agora, de trackings, não apenas de nossa campanha, até de outras campanhas – já mostram um empate numérico. E acho que a curva favorável à nossa candidatura é aquela que deve prevalecer no próximo domingo.
Vou trabalhar ainda muito pra isso. Faço campanha na sexta. Faço campanha no sábado. E, no domingo, voto e aguardo o que os brasileiros definirem melhor pro seu futuro. E, obviamente, espero que possa ser um voto de confiança no nosso projeto.
Sobre a eleição.
Essa eleição para mim foi um aprendizado. Tenho trinta anos de vida pública, enfim, de vida pública honrada, dedicada principalmente ao meu Estado. E tive oportunidade, agora, de andar pelo Brasil e ver a expectativa que o nosso projeto gera.
Eu estou muito, mas muito animado mesmo. E vou lutar muito para, a cada dia dos próximos quatro anos – se tiver a honra de ser presidente da República -, honrar cada apoio, cada gesto de esperança, cada olhar de confiança que recebi ao longo de todos esses últimos meses.
Estou muito confiante e vamos com astral alto para, domingo, estarmos no segundo turno e, daí, prontos para encerrarmos esse ciclo de governo do PT. O PT perdeu as condições de governar o Brasil. Não inspira confiança na economia, não tem capacidade de gestão e afugenta o capital privado, fundamental para nossas obras de infraestrutura, principalmente. E não nos permite avançar nos nossos indicadores sociais. Ao contrário, todos eles estagnados.