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Aécio reafirma compromissos sociais e econômicos e o fortalecimento do funcionalismo

Aécio BH6O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, reafirmou nesta quarta-feira (22/10), em Belo Horizonte (MG), seus compromissos de governo. Aécio garantiu que manterá os programas de transferência de renda, fortalecerá o serviço público com a valorização dos funcionários e adotará uma política de reajuste real do salário mínimo até 2019, além de revisar o Fator Previdenciário.

Aécio citou como prioridades a ampliação do Bolsa Família através do programa Família Brasileira. “O meu dever é tranquilizar os beneficiários do [programa] Bolsa Família porque o Bolsa Família não só vai continuar como vai ser ampliado por meio [do programa] Família Brasileira”, afirmou ele durante entrevista coletiva à imprensa em Belo Horizonte.

O candidato reiterou que se empenhará para o fortalecimento dos bancos públicos, mencionando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Petrobras, a Eletrobras e os Correios. “Temos que tranquilizar os servidores destas instituições que são patrimônio dos brasileiros que serão fortalecidas no nosso governo. Não permitiremos é que elas sejam aparelhadas por partidos políticos”, disse.

Aécio ressaltou ainda que estão entre suas prioridades a revisão do Fator Previdenciário e a prorrogação do reajuste real do salário mínimo para 2019. “E em relação aos aposentados o meu compromisso pessoal de encontrar uma fórmula de rever o Fator Previdenciário”, afirmou.

Medidas

O candidato também reiterou sua determinação em adotar medidas para incentivar o crescimento econômico e combater a inflação. “Vou fazer o Brasil voltar a crescer. Vou enfrentar a inflação que a presidente da República tem dito que está sob controle e sabemos que não está”, afirmou Aécio, lembrando que o eleitorado tem duas opções – as propostas dele e as do atual governo.

Em seguida, o candidato acrescentou: “São dois caminhos. Dois caminhos muito diferentes que se apresentam hoje. O nosso caminho é o caminho da verdade, é o caminho da retomada do crescimento, do controle da inflação e de um tempo de generosidade no governo federal”.

Aécio afirmou que sua candidatura é a “única” capaz de fazer o “Brasil a voltar a crescer e resgatar os investimentos a partir da credibilidade”. “Por isso a minha preocupação permanente de falar a respeito de contratos, resgate das agências reguladoras e a minha preocupação de falar de previsibilidade porque os investimentos estão indo embora e os investimentos internos não estão acontecendo”, ressaltou ele.

O candidato recomendou analisar os indicadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que mostram o aumento de desconfiança de empresários e das famílias. O investimento é que gera renda, investimento é que gera emprego”, destacou ele.

Entrevista do candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves

Belo Horizonte (MG)

Assuntos: compromissos de governo; eleições; ataques do ex-presidente Lula; política de reajuste de salário mínimo;

(Seguem trechos)

Fala inicial

É hora de reiterarmos alguns compromissos. Eu os reitero aqui na minha terra com imensa alegria. O primeiro deles é o compromisso de garantir a continuidade dos programas sociais em andamento, em especial do [programa] Bolsa Família. Em segundo, o compromisso com os bancos públicos, com o seu fortalecimento, com sua profissionalização e com a valorização dos servidores de carreira. Falo isso em especial aos funcionários e aos servidores da Caixa, do Banco do Brasil, do BNDES, como também de outras empresas públicas, como os Correios, como a Petrobras e a Eletrobras e quero reiterar aqui de Minas Gerais, mais uma vez, o meu compromisso com os aposentados brasileiros. Vamos rever o Fator Previdenciário e encontrar uma forma de não impactarmos, de não punirmos como vêm sendo punidos hoje, os aposentados brasileiros. É um momento também de agradecimento a essa onda, a esse movimento por mudança que tomou conta de todo o Brasil. Eu já não sou mais o candidato de um partido, de uma coligação. Eu sou o candidato de um amplo sentimento de mudança que já venceu no primeiro turno e, acredito, vencerá no segundo turno, porque a verdade vai vencer a mentira. As propostas vão vencer os ataques, pois tenho certeza que o Brasil novo, renovado nos seus valores, nas suas práticas, vai vencer o Brasil velho, o Brasil antigo que é representado hoje por esse governo.

Marca desta campanha presidencial.

Esta campanha vai ficar marcada na história do Brasil como a campanha da infâmia por parte dos nossos adversários. Hoje mesmo, são boletins, jornais apócrifos, anônimos, sendo distribuídos em todo o Brasil exatamente dando a ideia de que nós poderíamos estar indo na direção da diminuição, do fim dos nossos programas sociais ou da privatização de bancos públicos, o que não vai acontecer. Os nossos adversários sabem que isso não vai acontecer. Mas não há limites para eles se manterem no poder. O meu dever é tranquilizar os beneficiários do [programa] Bolsa Família, porque o Bolsa Família não só vai continuar como vai ser ampliado por meio [do programa] Família Brasileira. Temos que tranquilizar os servidores destas instituições que são patrimônio dos brasileiros que serão fortalecidas no nosso governo. Não permitiremos é que elas sejam aparelhadas por partidos políticos. E em relação aos aposentados, o meu compromisso pessoal de encontrar uma formula de rever o Fator Previdenciário. Para se ter uma ideia, há pouquíssimos dias, um grande jornal nacional mostrou que dos 22 comerciais produzidos no segundo turno pela campanha da minha adversária, 19 eram para me atacar, e apenas três para falar das suas propostas. Quem não tem o que falar em relação ao futuro é porque realmente perdeu as condições de governar o Brasil. Vou continuar firme na defesa das nossas propostas mas, claro, sempre rebatendo os ataques como esses.

Ataques do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Lula não está disputando a eleição, apenas ignoro. Eu lamento apenas que um ex-presidente da República se permita cumprir um papel tão inexpressivo como esse que ele vem cumprindo no final dessa campanha eleitoral. É triste para a sua própria biografia.

Comparação que Lula fez do PSDB com o nazismo.

Só quem perde com isso é ele. Ele apequena a sua biografia com ataques torpes e absurdos como esse.

Investigação do Ministério Público sobre o aeroporto de Cláudio

Tem que investigar, que investigue.

Sobre a posição do PSDB durante a votação do salário mínimo de R$ 545.

Isso é mentira, na verdade é mais uma mentira. A campanha da minha adversária é a campanha da mentira. Eles chegaram ao cúmulo de editar uma votação no Congresso Nacional, onde o PSDB encaminhou contra o salário mínimo de R$ 545, porque votou a favor do salário mínimo de R$ 600 logo em seguida. Se deixasse o filme correr por alguns minutos, ela ia ver que o encaminhamento do meu partido e meu voto consta dos anais do Senado Federal a favor do salário de R$ 600, que era a proposta do PSDB. Eles acham que podem enganar a todos o tempo todo, mas não podem. A campanha adversária tem na mentira o seu instrumento mais vigoroso de ataque político. Fizeram isso com Eduardo, fizeram com Marina, agora tentam fazer comigo. Mas eu não receio o PT, a minha candidatura vai vencer a mentira, vai vencer o PT, porque os brasileiros não merecem ser governados pelo medo. Medo daqueles que anunciam o fim dos programas sociais, se perderem as eleições, o medo daqueles que colocam em dúvida afirmações tão claras como aquelas que nós estamos fazendo em relação às empresas públicas e a sua profissionalização. Então eu vou até o final dessa campanha falando a verdade. E eu fico muito honrado com todas as manifestações que tenho recebido em todas as regiões do país, principalmente nesses últimos dias. Aqueles que têm me acompanhado mais de perto, alguns estão aqui, alguns de vocês jornalistas estão aqui que têm viajado comigo, percebem o que está acontecendo. É algo novo no Brasil, é algo que não se vê nas campanhas eleitorais. É um grande movimento que será vitorioso.

Estratégia nesta etapa final da campanha

Falando a verdade, eu não tenho como estar em todos os Estados. Andei por onde pude, fui a todas as regiões do Brasil nessa última semana, fui ao Nordeste, fui ao Norte do país, fui ao Centro-Oeste, fui ao Sul, estou agora no Sudeste. É um programa eleitoral e falar a verdade, tem um debate pela frente, eu hoje estou na minha terra, eu vou para o Rio de Janeiro porque teremos o debate da sexta-feira, volto no sábado, e eu quero encerrar essa minha campanha num ato muito menos político e muito mais pessoal, eu vou a São João Del Rei novamente e de São João Del Rei agradecer a todos os brasileiros por essa caminhada e no domingo estarei aqui em Belo Horizonte como sempre votando e aguardando a decisão. A decisão não está mais em minhas mãos, a decisão está nas mãos dos brasileiros. Mas eu digo aqui de forma muito, mas muito sincera: o sentimento de mudança será vitorioso nesse segundo turno das eleições.

Propostas sobre o salário mínimo

Em primeiro lugar, nós garantiremos a manutenção da política de reajuste real do salário mínimo. Eu orientei o meu partido ao lado do Solidariedade [SDD] a apresentar essa proposta porque este ano termina a política atual. Eu estou prorrogando até o ano de 2019. Mas o reajuste real do salário mínimo só vai impactar positivamente na receita daqueles que o recebem no momento que o país voltar a crescer porque, por exemplo, o reajuste real do salário mínimo de 2016 será zero, porque será o crescimento desse ano, já que ele contabiliza o IPC mais o crescimento do PIB de dois anos anteriores. A minha candidatura é a única que tem as condições de fazer o Brasil voltar a crescer resgatando os investimentos a partir da credibilidade que nós expressamos. Por isso a minha preocupação permanentemente de falar a respeito de contratos, resgate das agências reguladoras, a minha preocupação de falar de previsibilidade porque os investimentos estão indo embora e os investimentos internos não estão acontecendo. Se você avaliar os indicadores da Fundação Getúlio Vargas dos últimos oito meses a cada mês, a desconfiança é maior, e as pessoas estão aguardando o resultado das eleições para saber se vão ou não fazer investimentos. E investimento é que gera renda, investimento é que gera emprego. Vou fazer o Brasil voltar a crescer, eu vou enfrentar a inflação que a presidente da República tem dito que está sob controle, e nós sabemos que não está.  São dois caminhos. Dois caminhos muito diferentes que se apresentam hoje. O nosso caminho é o caminho da verdade, é o caminho da retomada do crescimento, do controle da inflação e de um tempo de generosidade no governo federal.

Sobre a pauta em Minas Gerais.

Minas é a minha terra, minha casa, minha causa e dediquei 30 anos da minha vida pública a Minas Gerais e estou confiante que vamos ter um ótimo resultado em Minas Gerais. Os meus compromissos com Minas não surgem em véspera de eleição. Eles estão aí expressos no trabalho que desenvolvi ao longo dos últimos trinta anos. E assim continuarei a fazer.

Sobre o encontro com os veículos do interior de Minas.

Já fiz isso outras vezes e fiz isso, inclusive, em outras regiões do país. Sempre que posso, eu falo para o interior. A regionalização da mídia é algo muito importante. A democratização da mídia é muito importante. E eu quero poder, se presidente da República for, fortalecer a mídia do interior. Fiz isso em São Paulo e fiz isso no Nordeste. Acho justo, até porque essa era uma demanda que já me chegava há muito tempo nessa reta final, dar uma palavra final aos meus companheiros. A minha história se deu aqui. A minha história se construiu em Minas Gerais, quanto mais eu puder falar para os mineiros, mais feliz eu, pessoalmente, ficarei.

Sobre os ataques do PT à candidatura Aécio Neves em Minas Gerais

Não vou responder, deixo que as pessoas respondam nas urnas a todas essas infâmias. A minha campanha é a da verdade, a minha campanha é a da responsabilidade. É uma campanha que busca mudar o Brasil para todos os brasileiros, inclusive para vocês que estão aqui. As opções são claras. Aqueles que quiserem a continuidade dessa política que aqui está, com esses valores que eles pregam e, na verdade, executam, a opção é muito clara. Se o Brasil quiser algo novo, algo vigoroso, algo correto, algo respeitoso, a minha candidatura está aí à disposição de todos.

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