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Brasil está diante de um novo esquema do Mensalão, afirma Aécio

PT BrasilO candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, afirmou, neste sábado (6/09) que as denúncias feitas pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, configuram um novo esquema do Mensalão, por meio de desvios de recursos da estatal para abastecer parlamentares que apoiam o governo da presidente Dilma Rousseff.

“O Brasil acordou perplexo hoje com a gravidade das denúncias em relação à Petrobras. Na verdade, estamos frente ao Mensalão 2. Dinheiro público sendo utilizado para sustentar um projeto de poder. Poucas vezes na história desse país assistimos tanta desfaçatez”, afirmou o candidato em Presidente Prudente, interior de São Paulo. Aécio, seu candidato a vice, Aloysio Nunes, e o governador de São Paulo e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin, participaram do Grande Encontro de Lideranças do Pontal do Paranapanema

O ex-diretor aceitou um acordo de delação premiada em que afirmou que três governadores, seis senadores, um ministro de Estado e pelo menos 25 deputados federais embolsaram ou tiraram proveito de parte do dinheiro roubado dos cofres da estatal, segundo reportagem da revista Veja desta semana.

Voto: caminho para mudanças no país

Aécio classificou a denúncia como “vergonhosa” e convocou a população brasileira a ajudar a acabar com os seguidos casos de corrupção nos governos do PT através do voto.

“Só existe um instrumento à disposição para limparmos definitivamente a vida pública do país, desse tipo de atitude, que é o voto”, destacou, cobrando aprofundamento das investigações.

“Durante todos os últimos nove anos o Mensalão continuou a existir nesse governo. Agora, financiado pela nossa principal empresa pública, a Petrobras”, disse o candidato referindo-se ao esquema de corrupção de condenou à prisão a antiga cúpula do Partido dos Trabalhadores.

“Não se trata de um mal feito isolado de alguém que involuntariamente ou solitariamente resolveu fazer ali. É um processo contínuo, orquestrado, organizado. E, ao que me parece, sob as bênçãos do governo do PT”, afirmou Aécio Neves.

Entrevista do candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves

Presidente Prudente (SP)

(Seguem trechos)

Assuntos: eleições 2014, denúncias envolvendo a Petrobras

Sobre denúncias envolvendo a Petrobras.

O Brasil acordou perplexo hoje com a gravidade das denúncias em relação à Petrobras. Na verdade, estamos frente ao Mensalão 2. Dinheiro público sendo utilizado para sustentar um projeto de poder. Poucas vezes na história desse país assistimos tanta desfaçatez. No momento em que, lá atrás, no Congresso Nacional, lideramos o processo de instalação da CPI e depois, da CPMI sobre a Petrobras, o que queríamos era exatamente que todas as denúncias que surgiram fossem investigadas em profundidade. E agora, com as denúncias do ex-diretor da Petrobras, estamos frente a um acinte, a algo absolutamente vergonhoso.

E só existe um instrumento à disposição para limparmos definitivamente a vida pública do país, desse tipo de atitude, que é o voto. É muito importante que essas investigações sejam aprofundadas, que os responsáveis por esses desvios sejam punidos, mas o fato concreto é que durante todos os últimos nove anos o Mensalão continuou a existir nesse governo. Agora, financiado pela nossa principal empresa pública, a Petrobras. Mas as lideranças do PT no Congresso, quando impediam ou tentavam impedir a instalação da CPI e da CPMI, diziam que isso era um jogo das oposições, era, na verdade, uma ação eleitoral. Está aí. As denúncias são extremamente graves, precisam ser aprofundadas e, se comprovadas, punidos exemplarmente os responsáveis.

Sobre os citados nas denúncias.

Tenho muito cuidado em fazer afirmações nominais, porque não conheço em profundidade as denúncias. O que existe, de fato, concreto, hoje, a partir de um dos dirigentes mais prestigiados da Petrobras, indicado lá atrás pelo PT, mantido no cargo pela atual presidente da República, e não podemos agora tapar o sol com a peneira. A atual presidente da República controlou com mão de ferro essa empresa ao longo de todos os últimos 12 anos, como ministra de Minas e Energia e presidente do seu conselho [da Petrobras], depois como ministra-chefe da Casa Civil e ainda presidente do conselho, e depois como presidente da República.

Não se trata de um mal feito isolado de alguém que involuntariamente ou solitariamente resolveu fazer ali um ato, cometeu uma irregularidade. É um processo contínuo, orquestrado, organizado. E ao que me parece, sob as bênçãos do governo do PT. É preciso que todos que tenham responsabilidade em relação a essas gravíssimas acusações sejam responsabilizados. O Brasil está frente a frente ao Mensalão 2 de proporções, me parece, ainda maiores do que o Mensalão 1. O governo do PT que está aí não merece mais continuar governando o Brasil.

Sobre a agenda em Presidente Prudente.

Venho aqui mais uma vez na companhia do governador Geraldo Alckmin, do senador Aloysio, em primeiro lugar, para dizer que o nosso governo será o governo da descentralização, será o governo do resgate dos municípios brasileiros para que eles tenham melhores condições de enfrentar as suas demandas. Serei o parceiro do agronegócio, não por circunstância, não por conveniência eleitoral, mas por absoluta convicção de que o governo federal vem faltando a um setor que tem sido essencial ao crescimento da nossa economia, à geração de renda, à geração de emprego. Eu serei o presidente da República parceiro daqueles que produzem no campo e têm produzido cada vez de forma mais competitiva. O que falta é a ação do Estado, a simplificação do nosso sistema tributário, com as obras de infraestrutura que dependem do governo federal, que vão possibilitar a diminuição do custo Brasil, e, de forma especial, tenho um compromisso histórico com o resgate do setor do etanol, liquidado por uma ação irresponsável do atual governo federal.

Sobre estratégia de campanha.

Dizer com muita clareza o que pensamos. As minhas propostas são aquelas nas quais acreditei ao longo da minha vida. Todos somos, em grande parte, aquilo que fizemos. Defendo uma gestão cada vez mais eficiente. Me orgulho muito de ter visto ontem os indicadores do Ideb, e cumprimento o governador Geraldo Alckmin, porque no ensino fundamental os avanços de São Paulo foram expressivos, mas comemoro o fato de Minas Gerais, o meu Estado, ter hoje a melhor educação fundamental do Brasil, nas primeiras e nas últimas séries. Este é apenas um exemplo de que o Brasil precisa de uma gestão eficiente. A clareza das nossas propostas, oposição a tudo isso que está aí, é que vai nos levar à vitória.

A atual presidente da República perderá as eleições pela incapacidade que demonstrou de cumprir com os seus compromissos. Nos deixará como herança uma inflação saindo de controle, o Brasil em recessão, do ponto de vista social nossos indicadores piorando todo o tempo. Existe uma outra candidatura no campo oposicionista, mas também construída e forjada durante mais de 20 anos de militância no PT, e que precisa dizer de forma muito clara o que está valendo. As propostas de agora ou as propostas que defendeu ao longo de sua vida, absolutamente contraditórias com o seu programa.

O que vou fazer a cada dia daqui até 5 de outubro é, de forma muito clara, defender um novo projeto para o Brasil. Por que a mudança, isso é importante que fique claro, não se dá no dia da eleição apenas com o nosso voto. Ela se inicia a partir de primeiro de janeiro do próximo ano. E quem tem condições de fazer a mudança segura, resgatando a capacidade do Brasil crescer, gerar empregos, investindo novamente em parcerias com os Estados na saúde, na segurança pública, somos nós. Somos a única mudança segura. A mudança que o Brasil merece viver.

Coordenador jurídico apresentará requerimentos para apurar esquema na Petrobras

O coordenador jurídico da Coligação Muda Brasil, deputado Carlos Sampaio, apresentará, na próxima quarta-feira (10/09), dois requerimentos na CPMI da Petrobras para apurar as denúncias feitas pelo ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, publicadas pela revista Veja nesta semana.

Um requerimento cobra que as provas obtidas pela Polícia Federal sejam compartilhadas com os parlamentares. O outro pede que a comissão ouça Paulo Roberto da Costa imediatamente. Na sessão de quarta-feira, será ouvido o ex-diretor da estatal Nestor Cerveró.

O objetivo dos requerimentos, segundo Sampaio, “é dar agilidade à investigação, já que a comissão de inquérito tem instrumentos mais ágeis que o Ministério Público e que o Judiciário.”

Mensalão 2

O ex-diretor Paulo Roberto Costa aceitou um acordo de delação premiada em que afirmou que três governadores, seis senadores, um ministro de Estado e pelo menos 25 deputados federais embolsaram ou tiraram proveito de parte do dinheiro roubado dos cofres da estatal.

Neste sábado (6/09), em Presidente Prudente (SP), Aécio Neves, o candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, afirmou que as denúncias feitas pelo ex-diretor da Petrobras configuram um novo esquema do Mensalão.

“O Brasil acordou perplexo hoje com a gravidade das denúncias em relação à Petrobras. Na verdade, estamos frente ao Mensalão 2. Dinheiro público sendo utilizado para sustentar um projeto de poder. Poucas vezes na história desse país assistimos tanta desfaçatez”, afirmou Aécio.

Voto consciente

 Em 2006, Carlos Sampaio foi o sub-relator da CPI dos Sanguessugas, onde pediu a cassação de 72 parlamentares. Desses, 67 não foram reeleitos.

“Naquela ocasião tivemos uma demonstração inequívoca de que a população, quando é bem informada, vota corretamente. O eleitor tem o direito de saber a diferença entre políticos e bandidos antes de entrar na cabine de votação”, disse o coordenador.

Para Carlos Sampaio, apurar a responsabilidade do governo federal é agora a principal tarefa do Congresso Nacional. “A população brasileira tem o direito de saber até que ponto a democracia e a legitimidade dos atos praticados pelos Poderes Executivo e Legislativo foram comprometidos”, disse.

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