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Em MS, Aécio fala sobre parceria com os Estados e Operação Lava-Jato

Aécio MSFala inicial

Eu os cumprimento por meio do meu companheiro Reinaldo Azambuja, futuro governador do Mato Grosso do Sul, as mulheres aqui presentes representadas pela Rose, nossa companheira e companheira de chapa do Reinaldo, aos parlamentares aqui presentes também os meus cumprimentos, ao senador Figueiró meu companheiro de Senado Federal também tenho muita alegria em tê-lo, amigo Nelsinho Trad, uma alegria muito grande mesmo em poder reencontrá-lo aqui hoje nessa nova construção política em favor do Mato Grosso do Sul. Mas também a favor da boa política, da política da verdade, da política da ética e da política da coragem para mudar as coisas. Eu estive outras duas vezes aqui e venho mais uma vez porque eu considero o Reinaldo Azambuja, além de ser um dos mais qualificados e preparados parlamentares da sua geração, está absolutamente pronto para o enorme desafio de governar o Mato Grosso do Sul. Venho oferecer, como disse ao meu amigo Reinaldo, não apenas a ele, mas ao povo do Mato Grosso do Sul, uma nova e extraordinária parceria, uma parceria com o governo federal, que permita que investimentos que gerem renda, que gerem emprego cheguem no Mato Grosso do Sul e que os investimentos em infraestrutura sempre adiados, como os nossos portos, por exemplo, como o porto de Murtinho, possam chegar ao Mato Grosso do Sul. Temos um compromisso, eu tenho dito isso em outras partes do Brasil, porque essa é uma questão que afeta o Mato Grosso do Sul, mas afeta também o Brasil, que eu terei uma relação direta de coordenação de uma nova política de Segurança Pública, que tem como um dos seus principais pilares o controle das nossas fronteiras. Só aqui são mais de 1.500 km de fronteiras desguarnecidos, por onde entram as drogas e as armas que vêm tirar vidas no Brasil. Portanto, você terá um grande parceiro, Reinaldo, na construção dessa política de segurança. Cumprimento nosso prefeito da capital e demais prefeitos de outros municípios que aqui estão. Tenho já um compromisso assumido desde a primeira vez que aqui vim e quero aqui reiterar o primeiro compromisso do futuro ministro da Saúde do nosso governo, que é vir aqui, Reinaldo, encontrá-lo para que o Hospital do Trauma possa ser concluído e trazer os benefícios que a população de todo o Estado e de Campo Grande aguardam. Estou muito feliz de estar aqui mais uma vez, uma visita corrida nessa reta final, mas eu sou de um Estado que valoriza muito os gestos. Mais do que quaisquer compromissos que eu tenha acrescentado, que vocês já os conhecem todos, a minha vinda aqui tem o gesto de dizer do apreço que tenho por você, mas, sobretudo, do compromisso que tenho de fazer uma nova e inédita parceria com o Estado. O Brasil deve muito ao Mato Grosso do Sul, seu desenvolvimento e nós temos que devolver com novos investimentos que possam fazer com que essa extraordinária riqueza gerada aqui no Estado se transforme também em riqueza para aqueles que aqui vivem.

Resultados da Pesquisa Datafolha

Pelo o que vimos nas pesquisas no primeiro turno, essa pesquisa do Datafolha está me dando como eleito como próximo presidente da República. Todas as pesquisas que estamos fazendo, nós estamos com uma margem enorme do que essa sobre a candidata [adversária]. Se eu me abalasse com pesquisas, certamente não teria tido os resultados obtidos no primeiro turno. Eu acho que, na verdade, os institutos de pesquisa estão devendo explicações aos brasileiros. Desde o primeiro turno os erros foram grosseiros, absolutamente grosseiros, em toda a parte. Mas se o resultado é esse comparativamente ao primeiro turno, o resultado da Folha me coloca como o próximo presidente da República.

Campanha da desconstrução

Não posso considerar queda um candidato que teve trinta e poucos por cento no primeiro turno e 20 dias depois aparecer com mais de 50%. Se você for avaliar quem cresceu mais nesse segundo turno, foi certamente a nossa candidatura. E eu reitero:  temos feito várias pesquisas com institutos diferentes e em todas elas nós estamos à frente da atual presidente fora da margem de erro. Mas, realmente, a campanha do PT é a campanha da desconstrução, o PT não tem como discutir o presente nem apresentar uma proposta de futuro para o Brasil. Então, o caminho deles ou é comparar o passado e tentar fazer aquilo que fizeram com Eduardo Campos, depois tentaram fazer com Marina, agora tentam fazer comigo. Mas comigo não. Eu vou enfrentar o PT porque o Brasil não merece ter, por mais quatro anos, um governo ineficiente, sem nenhum compromisso com a ética. Eu estou pronto para enfrentar o debate.

Crise hídrica em São Paulo

Em relação à questão hídrica de São Paulo, é uma questão grave, sabemos disso, nós estamos vivendo a maior estiagem dos últimos 100 anos, mas a população de São Paulo compreendeu os esforços do governador Geraldo Alckmin e lhe deu a vitória em primeiro turno, me deu também uma extraordinária vitória em São Paulo. Infelizmente, se o governador de São Paulo tivesse tido uma parceria maior com o governo federal nessa questão, se a ANA – a Agência Nacional de Águas – não estivesse gastando seu tempo com seu diretor preferindo fazer negócios, ao invés de cuidar da crise hídrica, os resultados poderiam ter sido melhores para São Paulo. Infelizmente, o aparelhamento das agências reguladoras é uma outra marca perversa neste governo do PT. Eu serei o grande parceiro, não apenas do Estado de São Paulo. Falo de São Paulo porque você se refere a ele aqui. Mas serei o grande parceiro dos governadores na construção de caminhos que permitam a superação das suas dificuldades. No caso de São Paulo na questão hídrica e aqui no Mato Grosso do Sul na busca da ampliação da melhoria da competitividade de quem produz aqui no Estado, em especial dos investimentos em infraestrutura, logística, hidrovias e nos portos também.

Denúncias de envolvimento de integrantes do PSDB na Operação Lava-Jato

Minha posição é muito clara. Tudo tem que ser investigado. Para mim não tem isso de filiação partidária. Toda investigação tem que ocorrer a fundo. Lamento que  o governo do PT tenha impedido o quanto pôde que esta CPI fosse instalada e na verdade o que nós estamos assistindo é que segundo a Polícia Federal uma organização criminosa se instalou no núcleo da nossa maior empresa. O que eu vou dizer e tenho dito em outros lugares é que no caso nosso, se houver amanhã efetivamente alguém  do PSDB ter cometido alguma ilicitude, tem que responder por ela. Nós não trataremos, como o PT, como heróis nacionais, como o caso daqueles que foram condenados pelo mensalão. Cada um é responsável pelos seus atos. O fato concreto hoje é que durante os 12 anos do PT houve uma quadrilha que ali se instalou e atuou de forma sistêmica ao longo de 12 anos sustentando uma base de apoio ao governo. Do outro lado, enquanto partido, estávamos nós, denunciando todas as irregularidades, buscando através da CPI que ela fosse instalada, nós estivemos no Supremo Tribunal Federal para garantir a instalação da CPMI. O PSDB enquanto partido denuncia a corrupção e pede apurações rigorosas. O PT, na verdade, busca impedir as investigações e quando alguns de seus membros são responsabilizados, como aconteceu com o mensalão, o PT os transforma em heróis nacionais. E isso deseduca os brasileiros, e essa é mais uma face cruel deste governo do PT. Ele transforma punidos, transforma pessoas que cometeram delitos em pessoas homenageadas. Em nosso governo isso não vai acontecer.

Sobre nomes de citados do PSDB como suspeitos

Eu nem sei quais são os nomes. Não os conheço ainda. Mas as investigações quem tem que fazer é a Policia Federal. E não podemos permitir que essas investigações sejam limitadas ou cerceadas. Tem que se fazer em torno de quaisquer nomes. Repito: e se houver a comprovação de culpa – seja do PSDB, seja de qualquer partido, seja sem partido – tem que responder, tem que ser julgado e punido. Essa é a questão essencial. E ai o partido toma as providências.

Mudanças no Tratado do Mercosul

O que tenho dito é que nós ficamos amarrados nessa união aduaneira enquanto o mundo avançou nos acordos bilaterais. Aqui mesmo no nosso entorno nós temos países como o Chile, por exemplo, que fizeram mais de 40 acordos bilaterais. O mesmo vem acontecendo com Colômbia e com Peru. O que nós precisamos é flexibilizar essas regras. O Brasil perdeu uma extraordinária possibilidade de avançar, por exemplo, no acordo com a União Europeia ao longo desses últimos anos que possibilitaria uma rota maior de produtos, inclusive aqui na região, de grãos que poderiam estar sendo vendidos para a União Europeia e não foram porque esse governo optou por um alinhamento ideológico na condução da sua política externa. Nós devemos manter as boas relações que temos com os nossos vizinhos, mas nós não podemos permitir, como aconteceu ao longo desses últimos dois anos, por exemplo, que a posição da Venezuela e da Argentina impedisse o Brasil de avançar em acordos com outras regiões do mundo que seriam benéficos pra nós.

A política externa é hoje um negócio. Política externa tem que visar o quê? Ampliação de mercados para produtos brasileiros, renda e empregos. Isso não vem acontecendo. O viés ideológico é que tem prevalecido. Eu quero retomar, permitir que o Brasil resgate a capacidade de ter uma política externa equilibrada como sempre teve, mais pragmática, do pondo de vista do avanço e da abertura de novos mercados para quem produz no Brasil. Isso é possível, e os nossos vizinhos mostraram isso.

Sobre a questão dos indígenas

Há uma omissão clara no governo federal nessa questão que não haverá no nosso governo. É preciso que compreendamos que, além da questão da terra, as comunidades indígenas precisam de apoio social. Precisam de saúde de qualidade. Precisam de outro tipo de garantia que permita que eles vivam adequadamente com os seus valores, com as suas tradições e com a sua cultura. Mas do ponto de vista social, também com segurança. O que pretendo é envolver nessa questão não apenas a Funai, mas outros órgãos os Estado, tanto do governo estadual quanto – por exemplo – da Embrapa, que podem ajudar a dar a essas regiões também ou a essas comunidades tranquilidade para que possam ter uma renda, que possam viver em saúde, possam viver em segurança. O que nós não temos é que temer esse debate. A minha intenção é, conversando com o governador do Estado – aí volto à questão da parceria que teremos de estabelecer porque aqui essa questão é uma questão realmente extremamente grave, encontrar um caminho que respeite a produção e que permita que as comunidades indígenas possam viver com segurança e com tranquilidade.

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