PSDB – PA

Final de Ano com Simão Jatene

Governador Simão Jatene beija faixa do Governo do Pará
Governador Simão Jatene beija faixa do Governo do Pará

Amigas e amigos,
Sendo esta a última postagem do ano, quero aproveita-la para agradecer. Agradecer inicialmente a Deus pelas alegrias, mas também pelas dificuldades que ensinam. Agradecer as mais de duas mil pessoas, com as quais, em tão pouco tempo, passamos a interagir diretamente neste espaço que, além de fonte de informação e inspiração, tem servido para um permanente aprendizado.
Procurando manifestar o que penso, tenho buscado ocupar essa página com temas e reflexões que me parecem de interesse coletivo, os quais, na sua grande maioria, já me acompanham por longos anos. Dessa forma, sem me afastar da responsabilidade do cargo que, circunstancialmente, ocupo com muita honra, esse espaço não se confunde nem pretende ser uma página do governo. Quando muito, é a página “do Jatene” que, nesse momento, está governador, mas não deixou de ter sido, por exemplo, aluno do Paes de Carvalho e da UFPa; músico e compositor integrante do “grupo experiência” e do conjunto “Guilherme Coutinho” e, sobretudo, servidor público e professor. Militante na luta por causas e não por coisas.
É com esse olhar que tenho procurado ler todos os comentários, que são feitos, por entender que a forma de nos manifestarmos reflete traços, personalidade, história, caráter e conteúdo de cada um. Desse modo, respeito a todos, sem que, evidentemente, signifique concordância, e aproveito para pedir desculpas aos demais leitores, por algumas manifestações, felizmente poucas, que me parecem desnecessariamente grosseiras.
Amigas e amigos,
Vivemos tempos difíceis, em que a intolerância insiste em se impor a compreensão e a fraternidade. Em que a mentira muitas vezes ganha ares de verdade, fazendo com que enganar e manipular sejam até apontados como manifestação de inteligência. Tempo em que ser esperto parece ser mais virtuoso que tentar ser sábio.
Acredito mesmo que vivemos o que tenho chamado de uma encruzilhada civilizatória. Desafio que se manifesta de modo distinto nos vários países e, pra nós brasileiros, tem traços marcantes, cuja saída requer novas regras de convivência do indivíduo em coletividade. Novas formas de relacionamento entre o Estado e o cidadão.
Entendo que o nosso ainda frágil e confuso conceito de “público”, forjado sob o manto do populismo, clientelismo, personalismo, e outros lamentáveis “ismos”, torna inadiável e urgente entender que o espaço público deve se impor ao privado e ao estado, se quisermos construir uma sociedade melhor.
Somos uma sociedade que não cuida e respeita a coisa pública, porque foi conduzida a só compreender a relação de pertencimento na dimensão pessoal e particular, jamais coletiva.
Quanto mais reflito sobre essa realidade mais me convenço que a superação de muitas mazelas que nos afligem no cotidiano, tem raiz nesse traço histórico que nos amarra ao passado, enquanto o futuro está exigindo novo quadro de valores, no qual tem que ganhar destaque, a indissolúvel conexão entre direitos e deveres.
A percepção e apropriação por outros segmentos sociais da prática e comportamento, que era exclusivo das elites, de só ter direitos e estar acima da lei, certamente, está dentre as razões da desqualificação dos políticos e da política.
A falta de limites externos ao exercício da cidadania, sem que o cidadão seja capaz de se impor seus próprios limites, historicamente tolerada como pratica de uns poucos no topo da pirâmide social brasileira, não se sustenta como processo de massa, sem trazer consigo a generalização da impunidade e a explosão da violência. Mostrando a sua verdadeira face atrasada e perversa.
Não raramente, nos sentimos senhores de muitos direitos, mas temos pouca atenção com nossos deveres. Sujamos a rua que reclamamos suja, e nos justificamos pelo fato dela já estar suja antes de nós, ou porque todos fazem o mesmo. Banalizamos a violação de direitos como caminho para exigir nossos direitos. Criticamos o transgressor, mas toleramos a transgressão a ponto de tratá-la carinhosamente como “jeitinho brasileiro”.
Somos muito críticos, mas preferimos deixar para os outros corrigirem o que achamos errado e raramente nos arvoramos a enfrentar os desafios da política, ainda que isso implique na dominância daqueles que querem o “poder pra ser”’ e o “poder pra ter”, em detrimento do “poder pra fazer”, como seria desejável. Mas acredito que o homem é um projeto pra dar certo, e podemos mudar o presente e apostar no futuro.
Amigas e amigos,
Um governo, em função de condições reais e objetivas, tem etapas. E temos buscado cumpri-las sem estardalhaço ou oportunismos. Equilibrando as contas, formulando projetos, construindo parcerias, obtendo recursos, licitando e iniciando obras que começam a ser concluídas, como exemplifico a seguir, para reforçar que cada uma, cada ação ou projeto, direta ou indiretamente, tem a participação de todos os paraenses, do mais rico ao mais pobre, do mais letrado ao mais simples.
Das nossas estradas asfaltadas, 1/3 foram reconstruídas ou estão em reconstrução. São 1.200 km em todas as regiões, e destaco a PA 150, a Alça Viária, a Garrafão do Norte, as que levam a Colares, Igarapé Açu, Maracanã, Conceição/Redenção, a conclusão da PA 279 e a Parauapebas/Eldorado dos Carajás, para citar algumas. Também estão em construção, 3 Km de pontes em concreto, como a sobre o Rio Capim, na PA 252, a de Igarapé Mirí, na PA151, a sobre o Rio Curuá, na margem esquerda do rio amazonas, as da estrada de Ajuruteua, e muitas outras, reduzindo riscos e realizando velhos anseios.
Na saúde, 1.000 novos leitos estão sendo agregados a rede hospitalar. Já estão funcionando os da Nova Santa Casa e do Hospital Jean Bittar, sobre o qual recebo as melhores referências. Está sendo concluído o Hospital Galileu, na Av. Mário Covas, e se encontram em estágios distintos de construção, o Oncológico Infantil, o Regional de Itaituba, a maternidade de Barcarena, o Abelardo Santos em Icoaraci, o Hospital de Abaetetuba, além de outros menores, e da expansão dos Regionais de Santarém e Marabá. Por outro lado, com a implantação de Centros de Hemodiálise, enfrentamos as longas e sofridas filas de renais crônicos que esperavam por esse procedimento.
Amigas e amigos, sei que ainda há muito o que fazer, por isso devemos continuar lutando por mais e olhar cada erro ou perda com lupa, com o objetivo de evita-los, mas é bom não esquecer a redução em 70 %, dos casos de Malária no Estado, ou a realização de mais de 16 mil cirurgias oftalmológicas, pela caravana Pro Paz, ou ainda o fato de já estarmos fazendo transplantes renais em Redenção, e podendo tratar pacientes oncológicos em Santarém e, em breve., também em Tucuruí, procedimentos que há pouco tempo seriam impensáveis. Lembro tais avanços, não para festejar o governo, mas para não deixar que por interesses particulares e conveniências políticas, seja destruída a autoestima paraense, levando a perda de resultados já alcançados. Não são apenas números, são pessoas que voltaram a enxergar, são pacientes que voltaram a ter esperança, mudando sua vida e de suas famílias.
A história não dá saltos e sei que as nossas carências impõe urgências, porém, temos que responde-las sem perder a responsabilidade com o futuro. Esse é um equilíbrio precário e uma linha tênue que precisa ser perseguida ainda que para isso se tenha que pagar um custo. Como exemplo, desde março de 2011, temos buscado construir parcerias e obter recursos, que só foram garantidos em novembro desse ano, para implantar um pacto pela educação, único caminho para uma educação de qualidade que reduza desigualdades. De forma semelhante ao que ocorreu com os Hospitais Regionais, por desinformação ou medo de mudança, o pacto também sofreu oposição, inclusive por razões próprias de períodos pré-eleitorais. Mesmo assim estamos avançando e pelo seu caráter inovador, no próximo dia 8 de abril, em Nova York, seremos reconhecido com o Bridging Leardership do Synergos, homenagem que faço questão de dividir com todos que são capazes de colocar a educação acima de suas simpatias ou conveniências.
Amigas e amigos.
Um ano acaba, mas outro inicia, não pode existir momento mais oportuno para, independente de qualquer outra coisa, renovarmos a convicção de que somos o que somos porque ainda não nos determinamos individual e, sobretudo, coletivamente, sermos diferentes.
A nossa história não está escrita, portanto nos cabe escreve-la, juntos, com amor, responsabilidade e serenidade, esse é o desafio que nos reserva esses tempos difíceis.
Que Deus nos de sabedoria e humildade para que cada um possa fazer sua parte.
O Pará merece. Feliz Ano Novo.

Mensagem do Governador Simão Jatene

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