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Apenas 9,7% dos médicos são aprovados na 1ª fase do Revalida

29 de outubro de 2013
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maismedicosApenas 9,7% dos 1.595 profissionais que fizeram o exame Revalida este ano foram aprovados para a segunda etapa de provas que é prática, de acordo com a Folha de S. Paulo desta terça-feira (29). O exame é utilizado para revalidar o diploma de médicos formados no exterior. Só 155 candidatos foram considerados aptos para a prova prática. Foi o pior resultado desde a oficialização de exame, em 2011, usado para revalidar diplomas de quem se formou no exterior.

Segundo a Folha, o resultado sai 12 dias após a aprovação, pelo Congresso, de medida provisória que criou o programa.
O que não prejudicou, com isso, a votação no Legislativo. Médico há 30 anos, o deputado federal César Colnago (PSDB-ES) alerta que o resultado indica que a situação é “muito grave e preocupante”. Segundo ele, a aprovação de pouco menos de 10% é uma demonstração que há falhas na formação dos profissionais e também dificuldades com os conhecimentos específicos da profissão.

E, questionou: “Qual é a qualidade dos profissionais que vão atender à nossa população? E, por favor, não estou aqui fazendo nenhum juízo de valor, nem emitindo uma opinião preconceituosa, pois eu mesmo sou médico de família e atuei 15 anos intensamente na profissão”?Para o parlamentar, é preciso observar que as necessidades da saúde no país não se limitam à falta de profissionais, mas ao atendimento destinado à população, em geral. “Há, pelo menos, 14 categorias ligadas ao trabalho médico. Apenas o médico sozinho não resolve. É preciso uma equipe multidisciplinar”, adverte. “É um trabalho que começa na promoção, passa pela prevenção, o tratamento e a recuperação do paciente. É um conjunto. Nada é isolado.”

DIPLOMA
A Folha informa que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep),vinculado ao Ministério da Educação, não divulgou a nacionalidade dos aprovados nem em que país obtiveram o diploma. Neste ano, 52,8% dos inscritos são brasileiros.

Pelas regras do Revalida, os candidatos aprovados poderão atuar no país sem restrições, ao contrário do que ocorre com profissionais formados no exterior inscritos no programa “Mais Médicos”, do governo federal. Uma das principais polêmicas do programa foi justamente a permissão para que esses médicos atuem no Brasil sem revalidar o diploma.

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